A Volkswagen confirmou as demissões de 800 trabalhadores na
unidade da montadora em Anchieta. e justificou a medida como essencial para
"estabelecer condições para um futuro sólido e sustentável para a Unidade
Anchieta, tendo como base o cenário de mercado e os desafios de competitividade".
Os funcionários, que se encontravam em férias coletivas,
receberam uma correspondência orientando-os a procurar o setor de Recursos
Humanos. Na correspondência a montadora alegava a necessidade de cortar 2.000
vagas. A medida visa realinhar o quadro efetivo para melhorar a competitividade
da fábrica.
A Volkswagen afirmou que em 2014, a indústria automotiva
teve retrações de 7% nas vendas, 40% nas exportações de carros e 15% na
produção de veículos.
Na nota divulgada nesta terça, a Volks se refere às demissões
como uma "primeira etapa de adequação de efetivo", dando a entender
que mais desligamentos virão. A empresa, no entanto, não comenta essa
possibilidade.
A perda da liderança do Gol para o Fiat Palio em 2014 após
27 anos de domínio parece ter sido o golpe final para a Volkswagen tomar
medidas contra a recente perda de mercado no Brasil, de 13,5%, fazendo a marca
alemã ficar em terceiro lugar entre as fabricantes de carros com mais vendas no
País, atrás da Fiat e da General Motors - mesmo com todos os casos de recall da
empresa americana.
Esse número, maior que o da queda da indústria automotiva,
que foi de 7,1% no ano passado perante 2013, tendo gerado a correspondência que
foi enviada aos 800 trabalhadores da fábrica Anchieta da Volkswagen, que deverão
ter seus contratos cancelados logo após o fim das férias coletivas.
A reação foi imediata. Ainda durante a manhã, reunidos
dentro da fábrica, os trabalhadores aprovaram uma greve por tempo
indeterminado, que foi confirmada numa assembleia a tarde, com os trabalhadores
do segundo turno.
O sindicato diz que a empresa rompeu o acordo firmado em
2012, que não permitia demissões indiscriminadas.
“As demissões ocorridas, ou elas eram através de PDV, que a
pessoa se voluntariasse, ou quando desse o tempo de aposentadoria dela”, conta
o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Wagner Santana.
Segundo a empresa, o acordo foi estabelecido em premissas de
mercado e vendas que não se confirmaram. Em nota, a Volkswagen afirmou que em
2014, a indústria automotiva teve retrações de 7% nas vendas, 40% nas
exportações de carros e 15% na produção de veículos.
A empresa tentou renegociar o acordo no ano passado, mas a
proposta foi recusada pelos metalúrgicos em dezembro.
Manoel Dias - Ministro do Trabalho |
Segundo o ministro do Trabalho Manoel Dias há disposição dos
dois lados para continuar as conversas. Ele afirmou que continuará trabalhado
na mediação e considera ser possível um "bom termo".
Fonte: Internet
Fonte: Internet
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