O
jovem Orlando Lovecchio, na época com 22 anos, estacionou seu carro na garagem
do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, onde ficava o
consulado americano, e, ao verificar que de um pedaço de cano saía uma fumacinha
resolveu avisar um dos seguranças, pois poderia ser um reator com defeito… Esta
foi a última coisa de que ele se lembra.
Não
era um reator com defeito, mas sim uma bomba. A explosão o deixou inconsciente.
Dias depois, teve parte da perna esquerda amputada.
Em
depoimento um dos presos, Sérgio Ferro, confessou que o atentado havia sido
praticado pela VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) e que seus autores seriam
os terroristas Diógenes Oliveira e Dulce de Souza Maia, porém, alguns anos
depois, o próprio Ferro afirmou que havia participado do ataque terrorista, e
que o atentado na verdade era de autoria
da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização liderada por Carlos Marighella,
e não da VPR, e que Diógenes e Dulce não participaram da ação.
Até
hoje não se sabe, com certeza, se foi a ALN ou a VPR que arrancou a perna de
Lovecchio. O certo é que o atentado aconteceu. Lovecchio, que na época do atentado se
preparava para ser piloto, teve seu projeto de vida interrompido por um dos
Carlos, Marighella (ALN) ou Lamarca (VPR) terroristas que queriam mudar o mundo
“para melhor”.
Orlando
Lovecchio recorreu à Comissão da Anistia, tendo obtido, após enorme desgaste,
uma indenização mensal de cerca de… pasmem... R$ 700,00!!!
Já
quanto aos seus algozes, a Comissão de Anistia fez uma homenagem aos terroristas,
elevando-os ao nível de “heróis nacionais” (???), além de indenizar suas
famílias.
O
cineasta Daniel Moreno, fez um documentário sobre o atentado que vitimou
Orlando Lovecchio intitulado “REPARAÇÃO”. Participam do documentário Marco
Antonio Villa, do Departamento de História da Universidade Federal de São
Carlos, e o sociólogo Demétrio Magnoli, que tece um comentário onde expõe que “uma
significativa parte da esquerda ainda não aprendeu que Stálin era Stálin”.
De acordo com a Terranova Filmes, as críticas a respeito do filme mais interessantes sobre o documentário são as do tipo que o acusa de ser parcial. Quem faz este tipo de críticas são as mesmas pessoas acostumadas a aplaudir centenas de filmes nos quais foram investidos centenas de milhões em dinheiro público, todos contando sempre a mesma história e entrevistando os mesmos personagens, cuja "parcialidade" jamais foi questionada. Antes de exigirem "imparcialidade" de um filme feito com recursos próprios, exijam imparcialidade de todos aqueles produzidos com dinheiro do contribuinte.
REPARAÇÃO
é um excelente documentário, produzido e dirigido por Daniel Moreno, referente
à uma época conturbada, turva e confusa de nossa história, cujas brumas se
estendem e se alastram até os dias de hoje, embaçando a nossa visão e pulverizando
dados reais sobre os fatos ocorridos.
Deixemos de lado as "empulhações ESTÓRICAS" que nos contam, ou que procuram nos empurrar "goela abaixo" a respeito destes “heróis de araque” que hoje usurpam o poder (terroristas), e prestemos mais atenção aos fatos comprovados que pertencem à real HISTÓRIA de nosso país.
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