Por J.Lezziero
Há que se lembrar ao ilustre comandante da Marinha,
Almirante Julio Soares de Moura Neto, que na lista apresentada pela tal
comissão aparecem nada mais nada menos do que 24 nomes de militares da Marinha
Brasileira, entre os quais vários oficiais generais, inclusive ex-ministros de
Estado como o vice-presidente da República no governo Médice Almirante Augusto
Rademaker, homens de conduta ílibada e esmero profissional, assim como os
demais integrantes das Forças Armadas e ex-presidentes da República apontados
no famigerado relatório como torturadores, sem que entretanto um nome sequer de
terrorista tenha sido mencionado.
Corpo do VA Nelson Gomes Fernandes |
Contudo, a Comissão Nacional da Verdade não fez qualquer
menção em seu relatório dos nomes do Almirante Nelson Gomes Fernandes e do
Sub-oficial da Marinha José do Amaral mortos em virtude de ações terroristas,
vítimas que se encontram entre as 126 pessoas civis e militares que tombaram em
razão dos atentados perpetrados pelos subversivos e que não foram mencionadas
pela CNV.
O Almirante Nelson foi vítimado pelo atentado a bomba, bomba
esta colocada por integrantes da facção terrorista AP (Grupo Terrorista Ação
Popular criado em 1962) e que foi deixada no aeroporto do Recife no dia 25 de
julho de 1966, ferindo 16 pessoas e provocando a morte do Almirante e do
jornalista Edson Régis de Carvalho, fato que ocorreu muito antes da decretação
do AI 5, apontado pelos subversivos como fator motivacional para o
recrudecimento da luta armada.
Ademais, convém lembrar que a CNV não cumpriu as
determinações estabelecidas na Lei Nº 12.528 de 12 de novembro de 2.011, que
estabelece em seu Art. 2º:
" § 1º Não poderão participar da Comissão Nacional da
Verdade aqueles que:
II - não tenham condições de atuar com imparcialidade no
exercício das competências da Comissão."
Por isso esse fatos não devem ficar esquecidos e precisam
ser evocados pelo chefes militares, em nome da honra, da dignidade e da
verdade.
J.Lezziero - # falei
Opinião - O Globo 13/12/2014
O EQUÍVOCO cometido ao se limitar as investigações da
Comissão da Verdade apenas a casos de violência cometida por agentes públicos
contra opositores da ditadura começa a cobrar seu preço.
Cardênio Jayme Dolce |
AFINAL, HOUVE vítimas de ações dos grupos armados de esquerda,
e não apenas entre militares.
UM DOS casos, tratado ontem pelo GLOBO, é o do Guarda Civil
Cardênio Jayme Dolce, morto na invasão da Casa de Saúde Doutor Eiras, por um
grupo da ALN. A família do guarda, com razão, reclamado esquecimento.
O QUE teria sido evitado se a CV houvesse apurado a verdade
por inteiro, de todos os lados. A cada lembrança como esta, o relatório da
comissão será mais questionado.
Observação do site "A Verdade Sufocada"
Não só o caso de Cardênio Jayme Dolce como de vários outros
Publicado originalmente no site “A Verdade Sufocada”
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