terça-feira, 10 de abril de 2018
A missa negra virou velório
A missa negra celebrada em São Bernardo do Campo escancarou
a agonia da seita, cujo único Deus está condenado a discursar nos próximos anos
só para pecadores juramentados reunidos no pátio da cadeia. Disfarçado de
homenagem à data de nascimento de Marisa Letícia, a exploração de cadáver
juntou no mesmo palanque um Lula quebrado, os medonhos requebros de Dilma,
Gleisi Hoffman e seu sorriso de Miss Simpatia da população carcerária, Celso
Amorim de pull over e outras abjeções. Nenhum dos presentes, incluindo os
padres, seria capaz de recitar a segunda parte do credo. Deus deve ser mesmo
brasileiro. Só isso pode explicar por que a pequena multidão não foi fulminada
por algum dos raios bíblicos que em outros séculos dizimavam concentrações de
pecadores irrecuperáveis.
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