sábado, 5 de dezembro de 2015

SUSPENDER o Recesso é GOLPE !


Presidente Dilma diz que vai defender o mandato


Dilma aposta que não cai, Temer fica no resguardo, e será massacrado pelas gestapos da Petelândia

 
Senado colorizado de vermelho. Câmara casuisticamente pintada de verde-amarelo. Na verdade, tirando pinturas artificiais, coisa está cada vez mais preta no Congresso Nacional e mais dark ainda no Palácio do Planalto. O risco do impeachement aloprou o desgoverno, sua base aninhada e até os que são oposição (incluindo aqueles que fingem ser). O cenário é de mentiras e porradas para todo lado, no clima de salve-se quem puder.

A Presidenta Dilma Rousseff quer pressa e quer convocação extraordinária de deputados e senadores para a base aliada votar, correndo, a salvação dela. A "oposição" luta pelo recesso parlamentar, na esperança de gerar uma pressão popular que viabilize o plano de detonar Dilma. O vice Michel Temer fica de resguardo, no aguardo de conspirações, para assumir e perpetuar a velha Nova República gerada pelo "golpe militar" de 1985.

Dilma aposta que não cai, embora sinta um frio na espinha. Já Michel Temer já posa como quem já tem construída sua "Ponte para o Futuro" (aquele programinha demagógico de desgoverno que o PMDB veiculou recentemente). As gestapos da petelândia estão mobilizadas para destruí-lo. Ninguém se surpreenda se uma grande denúncia contra ele explodir na mídia amestrada. O nome dele já é citado em delações premiadas da Lava Jato, mas nenhuma denúncia formal se concretizou até agora. A tendência é que o pau cante para Temer, no curto prazo, se o risco do impeachment ficar mais intenso.

A guerra de todos contra todos paralisa o Brasil - em profunda crise estrutural. Os políticos seguem vivendo em outro planeta, enquanto os cidadãos que os elegem (na base da dedada eletrônica suspeita, sem direito a recontagem) vão ficando cada vez mais insatisfeitos, tensos e desesperados com os efeitos perversos das variadas crises: moral, política e econômica. O impeachment da Dilma, para andar, precisa ser aceito por pelo menos 342 deputados. Não será fácil chegar a tal numero em um parlamento que se vende como banana na feira.     

Vale repetir por 13 x 13: Impeachment é um processo que todo mundo sabe como começa, porém ninguém tem certeza de como acaba. A pressão popular, que promete ser intensa nas redes sociais, podendo descambar para a rua, é o fator decisivo para afetar o desenrolar do complicado jogo político, que vai envolver muita negociação, chantagem e toma-lá-dá-cá para definir o destino da Dilma Rousseff. Pela força momentânea da base aliada, dificilmente o impedimento de Dilma deve passar na Câmara, com pouquíssima chance de chegar ao desfecho final no Senado. O arquivamento é provável...

Impeachment de Dilma é, claramente, um golpe político. Simplesmente impedi-la não resolve o impasse institucional e nem soluciona a crise estrutural do Estado Capimunista brasileiro. Assim, se eventualmente se conseguir maioria para fazer andar o processo, culminando com uma (ao menos hoje) improvável condenação pelos senadores, o máximo que se vai obter é a troca de Dilma por Michel Temer. É burrice comemorar uma eventual mera tirada do PT do poder. O PMDB, governista permanente, continua lá, e não pretende largar o osso.

Dilma e Cunha, junto com Renan Calheiros e companhia, farão o que for preciso para não caírem. Michel Temer vai conspirar por dentro e por fora. E a petelândia vai partir para o pau contra os aliados. Só um desastre que promova a autodestruição deles, na guerra de todos contra todos, é que pode criar o vácuo institucional que possa ser ocupado por quem tenha capacidade legítima de recolocar ordem nas coisas. Se isto vai acontecer ou não, só o tempo dirá...

Barganhagem


Cuidando do funeral


Seria bom demais...

Operação Acarajé


Inveja real


Agora é tarde demais


O bangue-bangue venezuelano


Impeachment: ao recuarem de ação no STF, deputados petistas confirmam aparelhamento da Corte

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Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes disse nesta sexta-feira (4) que “percebeu que o PT está querendo fazer um ‘test-drive’ de juízo no Tribunal, quer dizer, o juiz a quem cair a demanda é confiável ou não segundo os critérios por eles estabelecidos”.

A afirmação de Gilmar Mendes ocorre um dia após deputados do PT (Wadih Damous, Paulo Teixeira e Paulo Pimenta) entrarem com mandado de segurança no Supremo, com pedido de liminar, contra a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aceitar o pedido de impeachment de Dilma. Quando descobriram que a ação fora distribuída para Mendes, os petistas tentaram desistir da ação, alegando que precisavam fazer modificações no documento. Uma postura no mínimo chicaneira, se considerado o fato de que o petista Wadih Damous, que só se tornou deputado após manobra de Lula, foi presidente da OAB no Rio de Janeiro.

Questionado sobre a decisão do PT, que recuou quando tomou conhecimento da relatoria, o que caracteriza tentativa de fraude, o ministro disse: “Eu mandei que isso fosse encaminhado para Ordem dos Advogados (do Brasil, OAB) para que se examine. O próprio impetrante, um dos impetrantes, é um ex-presidente da OAB. É preciso que isso seja examinado. Mas é evidente que é uma fraude processual.”

Na opinião de Gilmar Mendes, “é evidente que estão tentando fazer esse tipo de seleção, o que mostra o baixo padrão ético”. Perguntado se o partido do governo teme que ele decida questões relacionadas ao impeachment, Mendes respondeu: “Eu não consigo entrar na cabeça e no espírito dessas pessoas. Mas é notório que estão tentando manipular a distribuição do Tribunal e isso não é devido.”

Quando a parcela de bem da sociedade e muitos veículos de comunicação independentes afirmam que nos últimos anos ocorreu um escandaloso aparelhamento do Judiciário, em especial no STF, os petistas, amparados na tese esdrúxula do politicamente correto, afirmam que se trata de uma tese golpista daqueles que ainda não aceitaram a chegada do povo ao poder. Um discurso boquirroto e cansativo que há muito perdeu a validade, mas que continua na cartilha do partido que acertadamente já foi comparado a uma organização criminosa, a ponto de fazer inveja ao personagem Al Capone.


No momento em que os três deputados petistas (Damous, Teixeira e Pimenta) tentaram emplacar a manobra como forma de escapar de uma decisão que complicaria ainda mais a situação da presidente Dilma Rousseff, o partido não mais precisa responder sobre o aparelhamento do STF. Há no Supremo ministros que simplesmente rasgam a lógica jurídica para atender aos interesses do PT e do governo, como se o STF fosse um puxadinho mequetrefe do Palácio do Planalto. Enfim, como disse certa feita um conhecido comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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Impeachment ou Intervenção, que cada um faça a sua parte


É realmente angustiante o ritmo com que as coisas evoluem no Brasil. No entanto, é o nosso ritmo! Muda-lo à força não mudará a nossa natureza.

Temos que aprender a conduzir os nossos destinos e, principalmente, aprender a definir o que de fato é bom, se não para todos, pelo menos para a maioria, e fazer acontecer sem depender de decisões sobre as quais não temos ingerência.

Temos que entender e aprender que os políticos não se constituem em uma classe profissional autônoma que trabalha para si própria. Pelo contrário, são representantes compromissados com a vontade dos que os colocaram lá e a eles devem respeito e prestação de contas.

Já os militares são o que são porque escolheram esta profissão e, com esforço pessoal, individualmente, representando unicamente a sua vocação e mais ninguém, passaram a integrar um organismo armado com missão definida.

Uma iniciativa ou uma decisão de um político representa, em princípio, a vontade de seus eleitores. Uma iniciativa ou decisão de um Comandante Militar pode ser aplaudida ou vaiada pela sociedade como um todo, mas não depende da vontade ou da pressão popular. A sua função não é eletiva, é uma conquista de esforço, de dedicação, de mérito e de demonstrações de coragem e de responsabilidade consequente.

Portanto, a decisão por uma intervenção militar, ao arrepio da Constituição, como em 64, é exclusiva dos militares, não carece de pedidos, pressões, aplausos, vaias, choros ou ranger de dentes!

O mesmo já não é válido para o impeachment, porquanto os políticos podem e devem ser pressionados para que façam, no nosso ritmo, o que nós achamos que deve ser feito!

Assim, é mais lógico que nós, cidadãos, não fiquemos esperando ou tentando induzir os soldados a fazer o que NÓSachamos que eles devem fazer, mas, antes de mais nada, fazer o que NOS cabe como eleitores dos outros cidadãos que representam a nossa vontade no Poder Legislativo.

Os militares, como tal, não com cidadãos e eleitores, farão a parte deles, se assim julgarem necessário, com ou sem a nossa demanda ou aquiescência, merecendo o nosso aplauso ou as nossas vaias. Eles não dependem disso, mas, apenas, da própria consciência cívica, patriótica e profissional!

Pensem nisso…

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Por VEJA