segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Ladrão não chama ladrão de... ladrão!


Desesperado com o inevitável avanço da Lava-Jato, Lula erra ao ter Bumlai como roteirista de desculpas


josecarlos_bumlai_1001A bizarrice começa a tomar conta dos capítulos da Operação Lava-Jato que têm o ex-presidente Luiz Inácio com um dos personagens. A mais nova e absurda desculpa para o envolvimento de Lula no Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história, partiu do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo e irmão camarada do ex-metalúrgico.

Acusado por Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, em depoimento de delação premiada, de ter recebido propina em negócios com a Petrobras e repassado o dinheiro sujo a uma das noras do agora lobista de empreiteira, Bumlai alega que o montante (R$ 2 milhões) era proveniente de um empréstimo feito pelo operador do PMDB.

A história, que tem todos os ingredientes para ser mais uma estória, é tão insana, que nem mesmo uma criança seria capaz de cair nessa esparrela criada às pressas para salvar a pele de Lula, que cada vez mais afunda na lama do Petrolão.

José Carlos Bumlai, que sempre teve livre e incondicional acesso ao Palácio do Planalto durante a era Lula, disse que em dado momento precisou de dinheiro para pagar despesas em sua fazenda e por isso recorreu a Baiano, a quem tinha contratado para intermediar a venda de uma termelétrica de sua propriedade. O grande problema do mitômano é acreditar que a sequência das mentiras garante a sua impunidade.

No momento em que enxerta uma termelétrica na estória, Bumlai dá à força-tarefa da Lava-Jato mais munição para as investigações. Isso porque as termelétricas rechearam o pacote de malandragem explícita criado pelo então deputado federal José Janene, responsável pela arquitetura do escândalo que ficou conhecido como Petrolão.

A alegação do pecuarista é digna de filme de quinta e tem tudo para desmoronar a qualquer momento, pois está marcada por detalhes amadores de quem tem a certeza de que é o suprassumo da esperteza. Bumlai nega que o dinheiro repassado por baiano tenha sido transferido a uma das noras do “lobista da Odebrecht”, mas, sim, a ele próprio por meio de contrato de mútuo. Ou seja, os alarifes contrataram um advogado estreante no universo da pilantragem para camuflar um caso de corrupção. A situação torna-se ainda mais ignara quando Bumlai confirma ter recebido dinheiro de Baiano e corrige para R$ 1,5 milhão o valor do suposto empréstimo.

O delator declarou que Lula reuniu-se ao menos duas vezes com José Carlos Bumlai e João Carlos Ferraz, então presidente da Sete Brasil – companhia criada pela Petrobras para construção de 28 navios-sondas no Brasil.

Segundo Baiano, os encontros ocorreram no Instituto Lula, em São Paulo, no primeiro semestre de 2011, e antecederam a cobrança de R$ 3 milhões por Bumlai para supostamente pagar uma dívida de imóvel de uma nora do ex-metalúrgico. Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula, negou a acusação e já recorreu ao Supremo Tribunal Federal para ter acesso ao conteúdo da delação.


Acusado de ser o operador de propinas de parte do PMDB no Petrolão, Fernando Baiano prometeu apresentar documentos referentes ao pagamento feito a Bumlai, que, segundo o pecuarista, tinha como destino final a nora do ex-presidente da República.

"Pé na bunda dela, o Brasil não é Venezuela"



Manifestação de sexta-feira, 23 de outubro, em São Paulo, pelo impeachment de Dilma Rousseff.

Política aquece mercado de bonecos infláveis



Os bonecos infláveis, muito usados em campanhas de marketing, têm ganhado as ruas nas manifestações políticas por todo o Brasil, e causado polêmica. Independente das discussões das ruas, os fabricantes comemoram, pois o aumento nas vendas está ajudando a driblar a crise.

Cunha não tem como negar contas secretas



São cada dia mais robustas as evidências de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), manteve dinheiro não declarado em contas secretas na Suíça. Na economia, a taxa de desemprego foi a maior registrada para setembro em seis anos.

Fim da novela: Mensaleiro Henrique Pizzolato chega a Brasília e segue para o Complexo da Papuda


henrique_pizzolato_1003Ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, o petista Henrique Pizzolato desembarcou no início da manhã desta sexta-feira (23) em Brasília, após longa batalha do governo brasileiro para trazê-lo de volta ao País. Ele foi extraditado na quinta-feira da Itália, onde estava foragido há pelo menos 23 meses. Pizzolato foi condenado a doze anos e sete meses de prisão por envolvimento no processo do Mensalão do PT, o primeiro rumoroso escândalo de corrupção da era petista.

O ex-diretor do BB foi trazido em voo comercial da TAM que partiu do Aeroporto de Malpensa, em Milão, e pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) por volta das 06h25. Após procedimentos de rotina na Polícia Federal, onde esteve durante cerca de uma hora, o mensaleiro condenado de onde embarcou em avião da corporação policial rumo à capital dos brasileiros.

Pizzolato desceu do avião, em Brasília, sem algemas e foi levado em carro descaracterizado da PF, escoltado por outras duas viaturas, ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Sem falar à imprensa, ele entrou direto para a sala do médico legista, onde permaneceu por cerca de meia hora. De acordo com a Polícia Civil do DF, no exame não foi constatada qualquer lesão.

Por volta das 10 horas, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi levado para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde outros condenados no processo do Mensalão do PT já estiveram presos. Pelo menos onze policiais federais participaram da operação de transferência do petista.

Pizzolato deixou a Itália na noite de quinta-feira (horário local), para onde fugiu com um passaporte falsificado em nome do irmão, mas acabou sendo localizado e preso em Maranello, cidade no norte do país europeu. Quando descia do avião, em São Paulo, o ex-diretor do Banco do Brasil foi vaiado por parte dos passageiros.

O governo brasileiro pretende cobrar de Pizzolato todas as despesas referentes ao processo de extradição, assim como aguarda manifestação da Justiça italiana para solicitar a repatriação de 113 mil euros que estavam em poder do petista no momento de sua prisão em Maranello.


Ademais, Henrique Pizzolato terá de arcar com outras despesas, como, por exemplo, a multa que compõe a pena condenatória proferida pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470. A grande questão é saber quem pagará essas contas, já que Pizzolato sabe muito mais acerca da bandalheira petista do que gostariam os “companheiros”.