quarta-feira, 16 de setembro de 2015

DECRETO SOBRE MILITARES

Por Nelson Jobim

Nelson JobimA Presidência, dia 3, editou o Decreto 8.515 que delega competência ao ministro da Defesa para a edição de atos relativos a pessoal militar e revoga Decretos de 09.1998 e 01.1968.
O Decreto de 1998 consiste na delegação do presidente FHC aos então ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica dos mesmos atos constantes do Decreto do dia 3.
À época não havia o Ministério da Defesa.

Os ministros militares eram, também, comandantes das forças.

Já o decreto de 1968 delegou competência aos ministros militares para aprovar os regulamentos das Escolas e Centros de Formação e Aperfeiçoamento, respectivamente, da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar.

Curiosamente o decreto de 1968 já estava revogado por atos do governo FHC, que disciplinaram, exaustivamente, o ensino militar das 3 forças!!!

Os atos normativos, cuja edição foi delegada ao ministro pelo decreto do dia 3, dizem respeito a direção e gestão de cada força.

Deu problema.

O ministro da Defesa não estava no Brasil.

O comandante da Marinha, em substituição ao ministro da Defesa, declarou que o decreto não passara por ele.

O chefe da Casa Civil informou que o decreto, na forma publicada, fora solicitado pela aecretária executiva do Ministério da Defesa.

Os comandantes afirmaram que não foram informados e que tomaram conhecimento de minuta cuja delegação seria para eles.

Deputados pretendem aprovar ato legislativo para sustar os efeitos do decreto.

Diziam uns que o problema poderia ser resolvido com portaria do ministro da Defesa que subdelegaria aos comandantes as referidas competências.

Mas há um impossibilidade.

A Lei Complementar 67, de 1999, dispõe que os comandantes exercerão a direção e a gestão da respectiva força (art. 4º, com a redação da LC 136/2010).

A presidência não pode delegar ao ministro competência que lei atribui aos comandantes.
O ministro não pode subdelegar competências que não poderia ter recebido por delegação, pois elas são dos comandantes.

Caberia à presidência, por decreto, definir no que consistem a direção e a gestão das respetivas forças, atribuidas aos comandantes pela lei.

No entanto, no dia 10, o erro se agravou.

Retificaram o decreto para permitir (!) ao ministro a subdelegação aos comandantes.
A lei complementar nada vale, quando atribui aos comandantes, sem intermediação, o exercício da direção e da gestão da respectiva força?

O caminho escolhido foi tortuoso, ilegal e, ainda, reiterado.

Incompetência no nosso Brasil?


Fonte: Opinião ZH


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Nelson Jobim é Jurista, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal e ex Ministro da Defesa.

Governo diz que vai cortar gastos, mas não corta


Serviço de Informações - EVA CHIAVON: Quem é e o que faz.


Eva Chiavon ministério da defesa
A principal utilidade dos serviços de informação, militares ou civis, é embasar a tomada de decisões. Mui raramente são necessárias redes de informantes ou grandes ações de espionagem para coletar dados suficientes para elaboração de cenários e embasar decisões coerentes. E por incrível que pareça, uma parte significativa dos informes vêm de informações coletadas no dia-a-dia, na internet, grande mídia e em “papos de botequim”.

Os manuais dizem: “Informação é todo dado, notícia, fato, sinal, coletado por intermédio dos sentidos ou de aparelhos acústicos, óticos, elétricos, eletrônicos ou outros meios.”

A atividade de inteligência tem por objetivo produzir conhecimentos dentro de determinado assunto, para um determinado cliente.

Esse e outros canais disponibilizam as informações. Os leitores é que tem o dever de processar o material, produzindo para si mesmos conhecimento de qualidade. Nosso leitor não é do tipo que recebe informações de comentaristas e acredita nos mesmos só porque se vestem bem, ou alegam ser especialistas em determinado assunto.

Não aconselhamos ninguém a planejar ações/discursos com base em conhecimento produzido por outrem, a não ser que este seja devidamente verificado. Acreditamos que fomos bastante claros. 

A orientação da editoria de Sociedade Militar é dizer a “verdade, doa a quem doer”. Justamente por acreditarmos que a sociedade só pode construir pensamentos e ações estratégicas sobre pilares sólidos.

Temos recebido muitos emails parabenizando pelas informações e previsões acertadas. Também recebemos muitos e-mails reclamando de noticias porque desmistificam aquilo que se carregava na mente há anos, ou revelam “outra face” de instituições e pessoas. Parece-nos que alguns preferem viver iludidos. A nota sobre o contrato de cooperação com a Rússia – informação facilmente verificável, pois se trata de um decreto – foi uma das que gerou protestos de alguns leitores. Contudo, como dissemos, acreditamos que a verdade deve ser dita. E continuaremos assim.

Eva Maria Cella Dal Chiavon.

Normalmente se alardeia que Eva Chiavon seria “apenas uma enfermeira”. Portanto, não teria qualificações para ocupar cargo de tamanha importância no Ministério da Defesa. Diz-se também que a indicação de Eva teria “gerado insatisfação” nos militares pelo facto da mesma ser casado com um líder do MST. Fato frequentemente lembrado pelo deputado Jair Bolsonaro.

Vamos lá.

Dados: – Além de ser enfermeira, a atual secretária-geral é graduada em Planejamento Estratégico Público Participativo.

- Eva ocupa cargo de mesmo status que o Chefe do Estado Maior conjunto das Forças Armadas. Mas, com atribuições bem diferentes. É um cargo de natureza especial, 40 horas semanais e possui um salário de R$ 14.289,00.

Mas, Eva Maria, como secretária de Jaques Wagner, participa também do Conselho de Administração de empresas públicas, como a quase desconhecida da sociedade Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A e a Empresa Brasileira de Administração De Petróleo e Gás Natural S.A. Portanto, em junho de 2015 a secretária–geral recebeu, além do salário do MD,  JETONS de R$ 13.690
 
- Antes de ir para a Defesa Eva exerceu a função nos Ministérios do Trabalho; Secretaria de Relações Institucionais; Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social; e Planejamento, Orçamento e Gestão.

Militares estariam “irados” com a indicação de Eva Chiavon para a defesa? Será mesmo? Não há qualquer base para se afirmar isso. Faz pouquíssimo tempo que a referida secretária foi condecorada pelo Exército, recebendo então a medalha do PACIFICADOR e pelo Ministério da Defesa, com a Medalha do Mérito Desportivo Militar (fev/2015). 

A medalha do PACIFICADOR foi concedida ainda pelo Comandante Enzo Peri, quando a atual Secretária-Geral ocupava  cargo no Ministério do Planejamento.

Se o leitor desejar, verifique aqui no ALMANAQUE DO PACIFICADOR

Porém, Eva Chiavon está longe de ser a única pessoa ligada a esquerda ocupando cargos no Ministério da Defesa. Segundo informações amplamente divulgadas, há outros. Perpétua Almeida, ex-deputada do PCdoB é um exemplo. (Info aqui).

Recentemente levantou-se a hipótese de que membros civis do MD poderiam repassar informações importantes para familiares. Sobre isso. As atividades das FA são extremamente segmentadas, principalmente no que diz respeito a informações classificadas com altos grau de sigilo. Não é coerente crer que as referidas administradoras têm acesso a qualquer dado que ponha em risco a segurança nacional.

Sim, é verdade que o sobrenome Dal Chiavon é estreitamente ligado ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra. Figuram aí o nome de Francisco Dal Chiavon (liderança do movimento) e de Augusto Cezar Dal Chiavon, jovem médico, recentemente formado na Escuela Latinoamericana de Medicina, em Cuba. Contudo, isso não proporciona qualquer embasamento legal para que a Secretária-Geral seja afastada de suas funções.

Eva Maria Cella Dal Chiavon nasceu em Coronel Freitas-SC, em 1960. Era, por sua rigidez, é conhecida por alguns como “DILMA da BAHIA”. Foi nomeada por Jaques Wagner em janeiro de 2015 ano para o cargo à Frente da Secretaria Executiva do Ministério da Defesa. A enfermeira anteriormente foi secretária-executiva em quatro ministérios.

Agora, construam suas conclusões.

Por fim. Apenas pra descontrair. Alguém tem coragem de apostar uma caixa de refrigerantes que Eva Maria Cella Dal Chiavon, não vai receber a Medalha do Mérito Aeronáutico na próxima oportunidade?

Boneco "Pixuleco" do "Lula" causa confusão e quase termina em tapa

Por Top Mix

Dilma não tem condições de ocupar a presidência


COP21 da ONU planeja apoderar-se da soberania sobre a Amazônia

Por Luis Dufaur

O general Villas Bôas falando na audiência pública no Senado.
O general Villas Bôas falando na audiência pública no Senado.
No marco da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, reunir-se-á de 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015 em Paris a denominada COP21 (Conference of the Parties).

Ela reunirá as delegações oficiais de quase todos os países do mundo com vistas a aprovar um projeto de governo planetário para combater o aquecimento global e outros espantalhos considerados inexistentes por cientistas objetivos.

O plano já foi tentado em algumas das reuniões anuais precedentes, mas não teve sucesso. As COPs são conferências eminentemente políticas, e em Paris osmovimentos ambientalistas e socialistas pretendem fazer aprovar uma mal definida “governança mundial”.

Essa “governança” visaria assumir o controle do mundo corroído pela corrupção e instalar um regime de tipo científico cooperativista com o pretexto de “salvar o planeta” do “aquecimento global gerado pelo homem”.

Com algumas tarefas já definidas nos cenáculos ativistas verdes, nessa “governança” destaca-se prioritariamente o plano de submeter toda a região amazônica a uma administração “científica”, incluindo o território dos países que detêm soberania sobre ela.

Em poucas palavras, o Brasil perderia a soberania sobre uma parte essencial e imensa de seu território.

Essa soberania vem sendo sorrateiramente minada por múltiplas iniciativas nacionais promovidas pelas esquerdas tupiniquins, mas muito aplaudidas pelas esquerdas ambientalistas do mundo inteiro.

Sobre uma dessas recentes iniciativas falou o comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, em audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. O objetivo primário da audiência foi analisar o controle de fronteiras e o combate ao tráfico de drogas e armas na região.
A imensa dimensão do 'Corredor Biológico Andes - Amazonas - Atlântico' ou AAA.
A imensa dimensão do 'Corredor Biológico Andes - Amazonas - Atlântico' ou AAA.
Na ocasião, o general destacou a necessidade de se prestar maior atenção na atuação das ONGs internacionais que operam no País. Com grande conhecimento de causa, ele ressaltou a ameaça representada pelo projeto do “corredor ecológico” proposto pelo governo da Colômbia.

De acordo com Villas Bôas, os militares estão apreensivos com situações que restringem a autoridade do País sobre seu território, bem como sobre questões estratégicas para o desenvolvimento da região, fundamental para atender às aspirações dos brasileiros – em especial os da população da Região Amazônica.

A proposta denunciada é conhecida como “Corredor Triplo A” e foi apresentada pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ao Congresso de seu país.

Ela visa a criação de uma zona de preservação ecológica que iria dos Andes até o Oceano Atlântico. Se implementada, poderá “esterilizar” 1,35 milhão de quilômetros quadrados dos territórios da Colômbia, Brasil e Venezuela.

A intenção é apresentar o projeto para análise da COP-21 acima mencionada, já podendo ter como garantida sua aprovação por lobbies de pressão ambientalista que trabalham ativamente para esse fim.

O general lembrou que a Amazônia representa 62% do território brasileiro e a eventual criação do “corredor” inviabilizaria a exploração de recursos naturais avaliados em mais de 23 trilhões de dólares, como reservas de minérios raros e biodiversidade.

Como há décadas afirmou o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, lembra nosso blog, a soberania é plena ou não é soberania. Não existe soberania parcial, ou condicionada.

Se um outro país, ou um conjunto de países, vem dizer o que o Brasil tem que fazer em mais de 60% de seu território, não adianta que eles apresentem distingos jurídicos ou científicos sofisticados: atentam contra a soberania brasileira.

Se eles conseguirem essa meta, vão amputar o Brasil. E isso é totalmente inadmissível.

Vilas Bôas aproveitou para se posicionar contra as propostas de manter os recursos naturais amazônicos “congelados” para sempre e disse que é possível conciliar a preservação ambiental com o uso racional das riquezas da região.

Para ele, tal condição configura um “déficit de soberania” produzido por ONGs misteriosas: “Esse déficit de soberania, esse processo todo é como combater fantasmas, porque a gente não sabe de onde vêm, o que são, o que fazem e quais são os seus objetivos, mas o resultado geral a gente pode verificar (Agência Senado, 16/07/2015).”

Como explicou o comandante do Exército, a proposta do “Corredor Triplo A” foi concebida pela ONG britânica Gaia International, cuja filial colombiana é a Fundación Gaia.

Além disso, Villas Bôas também criticou o modelo atual de demarcação de terras indígenas na Amazônia, inclusive em áreas com forte concentração de riquezas minerais:

“Não sou contra unidades de conservação em terras indígenas. (…) mas temos que compatibilizar esse objetivo com a exploração dos recursos naturais”, disse.

E observou que a falta de projetos permitindo que a exploração das riquezas naturais amazônicas seja feita de forma organizada e com fiscalização tem provocado o contrabando ilegal desses mesmos recursos.

Como exemplo, citou o caso da exploração ilícita de diamantes cor-de-rosa em terras indígenas de Rondônia, que continuam sendo extraídos e exportados sem qualquer controle.

“Isso é uma hemorragia; são riquezas que o país perde, que saem pelas estruturas de contrabando, e o país não se beneficia em nada com isso”, questionou.

O comandante também expôs a situação do narcotráfico na região amazônica, e observou que o Brasil é usado como corredor de passagem de cocaína para o exterior, por fazer fronteira com os três maiores produtores da droga no mundo: Colômbia, Peru e Bolívia.

Villas Bôas informou que foram identificadas e destruídas pequenas plantações de coca no interior de nosso território, e que há informações da ação de traficantes brasileiros e mexicanos na Amazônia:

Logo da COP-21 sob enganosos véus científicos poderá ser vibrado um golpe de morte à soberania brasileira.“Já foi detectada a presença de cartéis mexicanos, aqui, na Colômbia e no Peru. O cartel mexicano tem um modus operandi extremamente violento, e essa violência já começa a transbordar para o nosso lado.”

Já o tráfico de armas é mais presente em fronteiras no Sul do país, afirmou.

Para proporcionar um monitoramento mais efetivo das fronteiras, principalmente na Amazônia, está sendo implantado o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), desenvolvido pelo Exército e composto de sistemas de comunicação, radares e veículos aéreos não tripulados (Vants), com 70% de tecnologia nacional.

O sistema começou a ser implantado em Mato Grosso, com previsão de conclusão em todo o País para 2023, embora possa haver atrasos, devido aos cortes orçamentários do governo federal, observou Villas Bôas.

O sistema pode recuperar o investimento realizado em dez anos, contribuindo para uma economia de mais de R$ 13 bilhões em gastos com segurança, nesse período.

É de extrema relevância que uma autoridade com a responsabilidade do comandante do Exército venha a público para denunciar o caráter danoso do radicalismo ambientalista-indigenista de ONGs internacionais que há mais de duas décadas colocaram o Brasil na sua alça de mira.

Entrementes, o dano causado pela atividade delitiva dos carteis do contrabando e do narcotráfico pode ser largamente agravado por decisões no sentido do plano denunciado e que circulam não só na ONU, no CIMI e nas ONGs, mas na cúpula do governo federal.

Todas essas instâncias verde-vermelhas preparam propostas que serão apresentadas na COP-21, talvez sonhando colocar o Brasil entre a espada e a parede.

Mas eles não sabem com quem estão lidando.


Encontro Estadual da Indústria 2015: Palestra de Arnaldo Jabor



Palestra realizada por Arnaldo Jabor para o Encontro Estadual da Indústria, realizado no Estado do Tocantins, no dia 1° de Setembro de 2015.

Cortes do Orçamento
O cutelo sobre nossas cabeças...


A mais-valia-corrupta do PT

Por Sérgio Alves de Oliveira

A exemplo de todos os modelos políticos, sociais e econômicos  já concebidos no mundo através dos séculos,e aplicados no Brasil, também o SOCIALISMO iniciou e prossegue  a sua marcha  na direção  do fracasso e do agravamento da  desgraça do povo, caso ultimado nos limites das propostas  em curso, ditadas a partir do Foro San Pablo.

Os precedentes de modelos que não deram certo  no Brasil são inúmeros.  Dentre os principais, podemos citar o próprio CAPITALISMO, que  falhou  porque com ele o Brasil nunca conseguiu  atingir  um nível de desenvolvimento razoável que  atendesse as necessidades básicas da  população. E apesar das enormes potencialidades humanas e naturais  disponíveis,o  resultado que obtiveram foi uma das pirâmides sociais mais injustas do mundo, com diferenças da remuneração entre o capital e o trabalho, e internamente dentro do próprio trabalho, indo a extremos inimagináveis.

Esse disparate aconteceu  tanto na comparação  dos ganhos  entre os patrões e  os seus empregados, como  entre os próprios trabalhadores. No Serviço Público ,de modo especial , as distorções remuneratórias entre os trabalhadores  se agravam sobejamente. Existe uma “elite” muito bem remunerada ,concorrendo com uma multidão cujos salários  nem mesmo atendem  as necessidades primárias da vida.

O problema não está restrito às relações entre o CAPITAL e o TRABALHO, como alguns imaginam e dizem. Está também dentro da própria força do trabalho. São poucos ganhando muito, e muitos ganhando pouco. Mas nunca ouvi no discurso das “esquerdas”que andam por aí qualquer combate a essa anomalia social. Até “suspeito” que a causa desse silêncio esteja no fato de que seriam justamente “eles”, os esquerdistas, que estariam ocupando os cargos melhor remunerados no Serviço Público, por livre nomeação dos  seus “padrinhos”políticos.

O grande problema,no discurso desses farsantes, continuaria residindo   exclusivamente no  conflito de interesses entre o capital e o trabalho. Todavia esse discurso passou a ser falso. Na área pública o problema aumenta bastante em relação à iniciativa privada.

Por seu turno a DEMOCRACIA “tupiniquim”,a exemplo do CAPITALISMO, igualmente nunca funcionou como deveria. O Brasil pratica uma democracia meramente formal ,só porque ela está escrita nas leis  que regem o país. Na prática, no funcionamento, nos costumes, na dinâmica,o que temos não é a democracia, porém a  sua  contrária, a OCLOCRACIA,que se resume numa  pretensa democracia, porém deturpada, corrompida, praticada pela maioria do povo ignorante ,ingênuo, ou que se vende por um mísero prato de comida,quase sempre em benefício de políticos inescrupulosos, exploradores do povo, que fazem  da atividade pública uma profissão e um balcão para seus negócios, muitos dos quais ilícitos.

Isso que impropriamente chamam de “democracia”, onde se escolhe os dirigentes do país, não passa de uma rotina legal, escrita pelos  que têm interessa nela, onde as pessoas são obrigadas a votar, mas não têm nenhum direito de participar da escolha dos candidatos, privilégio restrito a pequenos grupos  que se apropriam dos partidos políticos. Esse direito/obrigação de votar, poderia  ser equiparado ao “direito” de escolher a  forma  preferida para  morrer, numa hipotética condenação e execução criminal:  se enforcado,  eletrocutado ou decapitado na guilhotina! Aí está a principal explicação para o  “lixo” que sai das urnas para comandar  o  país.

Essas distorções na política tiveram força para fazer com  que o país    andasse  mais para trás do que para a frente, aos  “trancos e barrancos”, desde a sua independência, e já antes ,como Colônia de Portugal, passando pelos períodos da Monarquia e da República, até hoje, num processo crescente de decadência ,principalmente de ordem moral, que chegou a níveis insuportáveis.

Pode-se até afirmar ,sem medo de erro, que as atividades onde o Poder Público  mais investiu de bom tempo para cá foram  nos sistemas ELEITORAL e  TRIBUTÁRIO, únicas atividades  que têm boa organização formal - apesar de desprovidas de grandes méritos de conteúdo - dignas de  Primeiro Mundo. Toda a estrutura governamental e recursos públicos ilimitados são canalizados para essas áreas, que na verdade são as únicas que interessam à podridão política  e administrativa reinante.

Ora, é compreensível que o Sistema Eleitoral tenha que funcionar bem para dar a falsa impressão de legitimidade aos vencedores apontados pelas  urnas,com todas as pompas e solenidades da Justiça Eleitoral,ao passo que a  arrecadação exorbitante de impostos e outros tributos tem só a função de encher os cofres públicos para que nunca falte dinheiro  para ser roubado. Se a EDUCAÇÃO e a SAÚDE recebessem metade do que é gasto para aparelhar o “terrorismo  tributário” e as  eleições (algumas até fraudulentas), certamente essas importantes atividades não estariam no caos em que sempre viveram.

Não bastasse o fracasso do Brasil, em toda a sua história, na contramão das enormes potencialidades  que o país  têm, para alavancar o seu desenvolvimento, devido, principalmente, à má gestão da coisa pública, a partir de 2003, com o início dos Governos do PT, foi reativada  a proposta para implantação do  SOCIALISMO - cuja trajetória havia sido interrompida  antes, com a Contrarrevolução de 64 - a partir das diretrizes do Foro de São Paulo, fundado por Fidel Castro e Lula da Silva.                                                                                                           

Aí está o nascedouro de mais um grande problema que o Brasil  eventualmente terá que  enfrentar. A exemplo do que já aconteceu antes ,com os fracassos da DEMOCRACIA e do CAPITALISMO, também esse anunciado  “SOCIALISMO”, se adotado, tende a ser uma catástrofe  de consequências imprevisíveis, não fosse por outras razões, até pela baixa envergadura moral das suas lideranças implantadoras.

Contudo há, sem dúvida,um certo exagero nas “condenações” precipitadas que são  feitas ao socialismo, como regime político socioeconômico, que não pode ser confundido com a sua versão degenerada brasileira,ante a  perspectiva de sua implantação por aqui. O socialismo também têm alguns aspectos positivos,desde a sua origem, no Iluminismo do Século XVlll, passando por Karl Marx, no Século XIX, e depois  com vários seguidores  da doutrina comunista que  contribuíram com algumas adaptações.

Mas o “ódio” irracional recíproco que os defensores do socialismo e do capitalismo trocam  entre si não permite que um e  outro enxergue na doutrina “concorrente” qualquer mérito. Essa postura não é verdadeira e nada inteligente. Ambos os modelos tem méritos e deméritos. Mas chegará o dia em que as inteligências abandonarão  as suas “raivas” recíprocas cultivadas durante dois  séculos, e desses dois modelos poderá surgir um terceiro, talvez até  fruto da combinação do socialismo e  do capitalismo. Seria o SOCIAL-CAPITALISMO?

O italiano ANTONIO GRAMSCI (1891-1937), fundador do Partido Comunista Italiano,foi um dos pensadores  que deram modelagem especial ao socialismo. Ninguém como ele tinha conseguido  fazer com que o socialismo desse abrigo ao que havia de pior no arsenal humano de uma determinada sociedade. Foi ele quem inventou a DISSIMULAÇÃO como estratégia para implantação do socialismo.

Gramsci defendia  que deveria se chegar  ao comunismo  de Marx sem que a sociedade participasse e  tivesse consciência que estava sendo conduzida nessa direção. As primeiras providências deveriam ser com as crianças nos colégios, através da ideologização (que o Governo local agora batizou com o nome de “Pátria Educadora”), caminhando ao lado do APARELHAMENTO  das instituições públicas e privadas, sempre que possível, sem qualquer alarde.

“Sorrateiramente”, estão conseguindo esse intento. São os ensinamentos de Gramsci na prática. É a dinâmica da pedagogia política sem qualquer escrúpulo agindo criminosamente contra as crianças. Enquanto isso acontece, a Instância Máxima do Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal-STF, majoritariamente, já está à mercê dos gramscistas, o mesmo acontecendo com a  CNBB, a OAB, e outras organizações importantes, cujo silêncio e omissão  frente à degradação moral na política e à corrupção generalizada ,só podem indicar  concordância ou cumplicidade com o “status quo”.

Mas vou provar o que antes afirmei, ou seja, que o pretenso socialismo , em implantação no Brasil, e no restante da região abrangida pelo Foro San Pablo, não passa de uma  grandiosa farsa. E vou fazê-lo através de incursões do pensamento sobre o princípio da MAIS-VALIA, alvo central de Marx, que segundo a definição dada por ele, seria a parte do valor da força de trabalho não remunerada pelo patrão.

O problema é que a antiga quota da mais-valia não foi suprimida, nem diminuída, apesar dos ingentes “esforços” (de discurso) da esquerda. Ao contrário, ela aumentou. E muito.  Os seus novos “sócios-beneficiários” estão de uma ou outra forma ligados ao Governo.

Ocorre que a mais-valia hoje pode ser bifurcada em duas direções, quando “ontem” era uma só. Sobre ela foi organizado um “consórcio”, tendo de um lado os empresários, como sempre foi,e do outro os agentes públicos corruptos. É evidente que o seu valor teria que aumentar. É necessário mais “alimento” para dois do que para um.

Com isso a parcela de mais-valia do patrão continua como antigamente. Mas o “plus” que passou a incidir sobre ela ,na verdade um sobrevalor, acaba indo para o bolso dos corruptos do serviço público. Significa dizer, antes do império da corrupção , que foi aperfeiçoada no período do PT, mas que também havia antes, porém  em menor escala, a sociedade sustentava uma só mais-valia. Agora são duas.E os novos beneficiários são justamente os que usam o discurso “socialista”... contra a mais-valia.

Mas quem está pagando por essa corrupção?  Pela mais-valia “2”? Como afirmou o juiz Sérgio Moro, para descobrir é preciso percorrer o caminho do dinheiro. É claro que a conta da corrupção não vai ser bancada pelo patrão que negocia com o Serviço Público. Ele sempre vai achar uma maneira de compensar essa perda.

Essa operação, porém, vai afetar toda a sociedade, que terá que pagar mais impostos  para que o Governo consiga pagar  o que comprou com superfaturamento ilícito, ou seja, por preço maior. Aí deve estar a principal razão pela qual o Brasil é o país onde mais se paga impostos no mundo, com uma enorme parcela dos tributos pagos pela sociedade  desviada na corrupção desenfreada. Importante é sublinhar que toda a corrupção envolvendo o Poder Público será paga sempre pelo povo,através dos impostos . Assim não será a Petrobrás,o BNDES,A Caixa Econômica Federal, ou o Tesouro Nacional, que vão pagar os valores da corrupção. Quem vai pagar é o povo mesmo, o verdadeiro titular de tudo que é público. E com seus impostos.

Se Marx tivesse o azar de ver o que estão fazendo com  a sua “mais-valia”no Brasil ,e nos  países “colegas” do Foro San Pablo, certamente ele daria mil cambalhotas na sua tumba, levantaria  e  logo passaria a apontar o seu canhão não mais  a mais-valia dos  patrões, como fazia antigamente, porém na direção da  mais-valia da corrupção dos governos do Brasil, que conseguiram implantar, não o socialismo, porém um Capitalismo de Estado pervertido, onde o beneficiário nem é o Estado, porém seus servidores e políticos corruptos.

Mas com certeza Marx tiraria o “pé-do-acelerador” no antigo combate  que sempre fez à mais-valia dos patrões, que inclusive também  contribuem ,e muito, com seu próprio trabalho, à frente do capital, no ciclo da produção.  Mas a partir daí o seu foco principal de combate passaria a ser a “outra” mais-valia ,aquela oriunda da corrupção, porque não existe nem nunca existirá qualquer argumento capaz de justificá-la, não fosse por outras  razões, pelo simples fato de que uma  surge do trabalho do empresário, e a outra da  pura corrupção, ilegal e imoral, contrariando todos os princípios da decência.

Nota: O título escolhido para esse texto não significa que o “bandido” seja só o PT. O mesmo se aplica não só aos partidos e políticos que lhe dão sustentação, como também aos governos e políticos anteriores a 2003, que não foram muito melhores.



Fonte: Alerta Total

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Sérgio Alves de Oliveira é Sociólogo e Advogado.

A nossa maior tragédia

Por Gen Div Luiz Adolfo Sodré de Castro

"Não há ganho sem dor ...", das minhas lições de vida...

Alguns dos mais desenvolvidos e poderosos países da atualidade passaram por guerras sangrentas, na história, para que chegassem ao primeiro mundo. Souberam crescer com as dores de suas consequências. Outros países tiveram, ou ainda têm, terremotos ou tsunamis ou frio intenso ou furacões e vários combinam essas tragédias entre si e, muitas vezes, com as guerras que vivenciaram.

O Brasil, ao contrário, viveu poucas guerras durante a sua evolução e, esquecido com suas riquezas na América do Sul, não teve ameaças que justificassem o envolvimento em uma Grande Guerra no nosso território.

Por uma felicidade, não temos terremotos, furacões, tsunamis e nossas tragédias se resumem a teimosas enchentes, deslizamentos de terra e à permanente seca, que já poderiam estar solucionadas, ou minimizadas em seu efeitos, se tivéssemos um sistema preventivo atuante.

Vivemos num país abençoado!

No momento, governados pelo PT, enfrentamos uma perigosa crise na economia, que se agrava pela falta de credibilidade do governo e dos políticos. A chance de preparar o Brasil para enfrentar essa crise foi perdida. O PT tinha uma eleição pela frente e não quis tomar as medidas que, embora necessárias, poderiam levá-lo a perder a eleição de 2014.

Em seus três mandatos, anteriores, o PT teve condições para iniciar a implantação do seu projeto de poder, mas não conseguiu concluí-lo. Por isso precisava ganhar em 2014.

No passado, enquanto o PT era oposição e se protegia politicamente pelo radicalismo, as crises eram resolvidas por negociações entre os partidos tradicionais. Antigamente, as respostas para as crises eram um “pacote” e o clamor à união nacional, parecendo que todos aceitavam e se compunham por alguma vantagem futura. Aconteceu muitas vezes, em planos variados, como os diversos Planos Cruzado, e no governo Itamar, em 1994, com o Plano Real.

A situação atual é muito diferente.

Não há a menor chance de se lançar um plano milagroso com o PT no poder e um apelo à união nacional é muito difícil de se concretizar.

A união nacional é importante para a parcela que paga os impostos e sustenta o Brasil, é importante para os empresários e para os partidos tradicionais, mas não tem nenhuma importância para o PT.

O PT está imobilizado diante da crise, seu projeto político de poder contraria a solução que se poderia propor para ela. O PT quer mudanças profundas e radicais no sistema atual – na Constituição e nas relações sociais, econômicas e, principalmente, nas relações políticas do País. Este projeto busca desfigurar a democracia representativa, fragilizando-a com ações de consulta popular representadas por associações aparelhadas e politicamente alinhadas ao governo e ao PT (projeto de decreto presidencial 8.243/14). Prossegue controlando os veículos de comunicação social (projeto de regulamentação das comunicações) e, ainda, busca fazer alterações constitucionais como reeleições sucessivas. A seguir, o projeto do PT quer regulamentar os espaços privados dos cidadãos com a imposição de novos valores sociais, que interferem nas funções da família, e chegam ao controle político da educação. Finalmente, o PT chegará ao financiamento público exclusivo das eleições.

A atual e grave crise econômica não leva o PT a mudar seus objetivos, a crise venezuelana não o assusta a ponto de se afastar do conceito bolivarianista. O PT teve a sua chance e se apegou a um modelo socializante do pós-URSS que, evidentemente, não deu certo.

O modelo brasileiro onde a política está fragilizada institucionalmente não é capaz de solucionar a atual crise. Quem é capaz de investir num país sem segurança jurídica? Brasileiro ou estrangeiro, ninguém fará a roda do desenvolvimento girar num país onde a corrupção do partido que governa chegou ao nível em que chegou no Brasil! (rebaixamento do grau de investimento)

Por tudo isso, o PT é a nossa GUERRA, o nosso terremoto, o nosso tsunami, o nosso furacão!

Em resumo: O PT é o caminho errado para a união nacional e o caminho que nos mantém em direção à corrupção e ao assalto ao povo brasileiro. Com o PT não há solução possível para a crise.

A atual crise é uma das mais graves já vividas pelo Brasil e, ao mesmo tempo, a melhor oportunidade para dar adeus ao passado comunista, revolucionário e radical de esquerda.

A crise é a nossa oportunidade de dar adeus ao PT e a tudo que representa em termos de atraso e corrupção como “nunca antes vista na história desse país”. É a nossa oportunidade de dar um passo na direção do futuro, do trabalho honesto e qualificado, da igualdade de oportunidades, da meritocracia, da liberdade e da verdadeira democracia representativa, respeitando a Constituição e a todo sistema legal!

O PT É A NOSSA TRAGÉDIA NACIONAL!

Vamos enfrentar essa tragédia e, com coragem, vencê-la para sempre!



BEBERAM? CHEIRARAM? FUMARAM? DOIDÕES CERTAMENTE ESTÃO



Culpado conforme as acusações, o petismo quebrou o Brasil e, em quatro anos levou junto o Rio Grande do Sul. Nenhum contador, auditor, economista, desconhecia aquilo que Sinara Polycarpo Figueiredo, assessora de investimentos do Santander, anunciou em circular a seus clientes em junho do ano passado. Aliás, o referido documento afirmava obviedades antigas, que só eram desconhecidas pelos assessores da CNBB e pelos publicitários do governo. Os primeiros emitiram, na mesma época, uma Análise de Conjuntura na qual afirmavam que a inflação estava diminuindo e que uma entidade maligna chamada mercado semeava insegurança para desestabilizar o governo. Os segundos propagavam que o Brasil era e continuaria sendo uma ilha de prosperidade, pleno emprego e desenvolvimento social. A assessora do Santander foi demitida. Os da CNBB permanecem firmes em seus postos. E os publicitários do governo? Estes aprenderam que a mentira é a própria alma de seu negócio. Afinal, é preso ao fio produzido por essas mentiras que balança e se sustenta o indescritível governo da presidente Dilma.

 A irresponsabilidade fiscal, que sempre foi bem vista pelo petismo, quebrou o Brasil. Levou-nos ao descrédito internacional. Pôs sob risco o grau de investimento do país. Constrangeu o governo a apresentar ao Congresso um inédito orçamento deficitário para o ano de 2016. Com isso, está obrigando-se a buscar novas fontes de receita (leia-se "tomar-nos mais dinheiro pela via tributária").

Pois é nesse contexto que eu acabo de ler, no Estadão de hoje, 4 de setembro, que a "Petrobrás corta viagens e festas para poupar R$ 12 bilhões". No conteúdo da matéria vê-se que os cortes não atingirão apenas viagens e festas, mas incluem, entre outros, aulas de idiomas, brindes, programas de visitas, uso de veículos para necessidades não operacionais, participação em congressos, seminários e fóruns. E nem uma palavra sobre as periódicas e inúteis enxurradas publicitárias que inundam os grandes meios de comunicação. É também nesse contexto que, no mesmo jornal, lendo editorial com o título "O irrealismo do judiciário", fiquei sabendo que o STJ e outros sete Tribunais Regionais do Trabalho encaminharam ao Conselho Nacional de Justiça anteprojetos que criam 1,5 mil cargos de natureza técnica e outro tanto em funções comissionadas! Nada diferente dos aumentos e regalias autoconcedidos. E nada diferente do ânimo criador de caso que tem levado a Câmara dos Deputados a aprovar projetos que elevam sobremaneira o gasto público. O governo, por conta própria, fez tudo que estava ao seu alcance para afundar o país. Não precisa de sugestões nem de auxílio da oposição.

Eis o que me leva ao título deste artigo. Beberam? Cheiraram? Não podem, as instituições da República, estar em seu estado normal. Poupem-nos de seu convívio. Vão se tratar e voltem quando estiverem restabelecidos.


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Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

O pão que o Lula amassou

Por Maria Lucia Victor Barbosa

lulamalvadoNo teatro da vida a farsa se faz presente. A hipocrisia, a mentira, a simulação, a impostura, a bajulação sempre ajudaram os vencedores da batalha da existência, sobretudo, os dotados de retórica capaz de iludir e convencer.

Na política, palco máximo da simulação, a farsa conta com o poderoso auxílio da propaganda que se sofisticou e se disseminou através dos meios de comunicação, especialmente os televisivos. Porém, a culminância da hipocrisia e do cinismo chegou ao Brasil a bordo do governo petista, na medida em que marqueteiros habilidosos esculpiram uma falsa imagem de Lula da Silva apresentado como proletário pobrezinho, vítima da sociedade de classes e depois, num passe de mágica, o transformaram em estadista.

Na verdade, Lula é um semianalfabeto que de pobre não tem nada, um populista ambicioso e sem escrúpulos que venceu pela sorte e não pelo valor. Na quarta tentativa ele chegou à presidência da República na medida em que sua fala vulgar, rudimentar, grotesca, circense provocou o sentimento de identidade tão caro às massas.

Disse alguém que “a vida é a tragédia das escolhas”. A maioria dos brasileiros escolheu Lula duas vezes. E depois mais duas quando ele logrou colocar em seu lugar o chamado poste. E não foram somente os pobres que o escolheram o salvador da pátria, chancelando a tragédia que ocorre agora no Brasil. Brahma ou Barba chegou também lá montado no apoio dos que ele finge amaldiçoar como elites, ou seja, banqueiros, empreiteiros, grandes empresários. E a classe média, que a petista Marilena Chauí diz odiar, composta por intelectuais, artistas, profissionais liberais, professores, estudantes universitários, endossou o teor de fé da seita PT. Jactando-se de seu socialismo requentado, falso, atrasado, tão comum na América Latina por conta da dor de cotovelo que se tem dos Estados Unidos, a classe média erigiu Lula ao altar da pátria e o adorou.

Brahma ainda teve apoio de parte da Igreja católica, das tradicionais ramificações petistas sustentadas pelo partido como a CUT, o MST, UNE, e de outros ditos movimentos sociais, além de conquistar a adesão de instituições como a OAB.

Impressiona também o fortalecimento do PT através do apoio constante e fiel do PSDB, especialmente de Fernando Henrique Cardoso. Nunca houve oposição ao PT nem nunca haverá por parte dos peessedebistas. É tanta a devoção dos tucanos com relação a Lula da Silva, que melhor fariam dissolvendo seu partido e entrando para o PT.

A tragédia das escolhas fortaleceu tanto Lula e seu partido que ele se imaginou capaz de fazer o que bem quisesse. Assim, veio a enxurrada de erros na economia, a gastança exacerbada, a corrupção desenfreada. E no primeiro mandato da criatura, com Lula presidente de fato, foi o tempo em que ele caprichou no amassar do pão amargo que os brasileiros agora engolem a custo e que se tornará mais tóxico daqui para frente com o aumento da inflação, da inadimplência, do desemprego, dos juros, do dólar.

Como não há governo que aguente quando a economia vai mal, movimentos populares espontâneos têm ido às ruas para pedir a saída da governanta. Parece que só agora foi notada sua total incompetência, sua fala incoerente como se ela tivesse enorme dificuldade de raciocinar, o que indica absoluta inaptidão para o cargo presidencial, aliás, para quaisquer cargos, até os mais simples.

O PT quebrou o Brasil e o abismo se abre aos nossos pés, prenunciando uma via-crúcis ainda mais dolorosa com o rebaixamento do Brasil pela Agência de classificação de risco Standard & Poors. Perdemos o grau de investimento e outras agências deverão fazer o mesmo com graves consequências para nossa já combalida economia.

Diante do descalabro já existem 17 pedidos de impeachment de Rousseff na Câmara e o mais expressivo é o do ex-militante petista, Hélio Bicudo. O PSDB, vergonhosamente, covardemente, se omite, se esconde, vacila e deixa para o PMDB resolver a questão.

Enquanto isso, diabolicamente, Lula vai amassando o pão. Começou a atacar a criatura e, se ela cair, ai de quem a substituir. Será massacrado pela única coisa que o PT sabe fazer bem: uma oposição violenta, raivosa, intimidadora, boçal. Desse modo, Lula imagina poder voltar em 2018, consolidando seu poder e o do PT. Resta saber se o povo aprendeu a dura lição ou se seguirá sem medo de ser infeliz rumo ao Socialismo do Século 21, da Venezuela, como quer o Foro de São Paulo. O tempo dirá.





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Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.