Fogo amigo – Está cada vez mais difícil vislumbrar uma
solução para a crise que vem derretendo a economia nacional e tirando o sono de
um número cada vez maior de brasileiros. Apresentada ao eleitorado do País, em
2010, como a “gerentona”, Dilma Rousseff continua sofrendo de autismo político,
pois é clara a sua postura de viver à margem da realidade, em um país
hipotético que mais parece o de Alice, aquele das maravilhas.
Sem saber que medida tomar para estancar a crise, o governo
do PT tem demonstrado ao longo dos últimos doze anos a sua incapacidade de
administrar um país com os problemas do Brasil. Especialistas e escândalos de
corrupção e desculpas das mais variadas para as transgressões e crimes que
cometem, os petistas tentam de forma desesperada manter as aparências, mas até
mesmo colaboradores do governo não economizam críticas ao Palácio do Planalto.
Economista reconhecido internacionalmente e ex-ministro da
Fazenda, Antônio Delfim Netto desistiu de auxiliar o governo
de Dilma Rousseff por conta da maneira teimosa e obtusa como a presidente trata
das questões econômicas. Que Dilma é uma incompetente recorrente todos sabem,
mas quando um auxiliar como Delfim desanca a petista é porque a situação é
muito mais grave do que se pode imaginar.
Em conversa com um empresário, Delfim Netto disse que a
crise econômica que preocupa os brasileiros é fruto não apenas da incompetência
que domina o governo, mas principalmente do nível de Lula e Dilma. Ao
interlocutor, o ex-ministro disse que beira o desespero a forma como Lula e sua
criatura política [Dilma] leva ao desespero até mesmo os estreantes na seara da
economia.
Delfim disse que o cenário econômico piorou nos últimos
tempos apenas porque Dilma não se contenta em ser presidente da República, mas
porque quer atuar simultaneamente como ministra da Fazenda. Considerando que a
petista é um desastre em questões econômicas, o melhor que se poderia esperar
de uma pessoa com esse pífio conhecimento era que se abstivesse de dar palpites
em assuntos tão sérios e importantes.
Sobre a crise política que se deteriora com o passar do
tempo, Delfim Netto disse que a presidente errou ao trair, em duas ocasiões, o
vice-presidente Michel Temer, que em sua opinião era a salvação política de um
governo que sangra à sombra do nó político que se instalou no Congresso
Nacional.
Para o UCHO.INFO, sem a intervenção de Temer,
que desembarcou da nau palaciana e pode, a qualquer momento, romper com o
governo, Dilma será propulsada na direção do caminho da renúncia ou do
impeachment. Cabendo a ela escolher qual a opção menos traumática para o País,
que continua temendo pelo amanhã.
O fim da parceria com o PT ficou tácita nos programas
políticos do PMDB, levados ao ar nesta terça-feira, nos quais a legenda
afirmará, nas mais variadas formas, que o Brasil precisa de renovação. Na
opinião do editor do site, a estratégia macabra do PMDB é fazer Dilma sangrar
até a metade do mandato, ocasião em que a pressão para ejetá-la do poder
cresceria exponencialmente.
De tal modo, Michel Temer assumiria o governo, pavimentando
o terreno para o PMDB disputar a eleição presidencial de 2018. Isso se no meio
do caminho o Tribunal Superior Eleitoral não cassar o registro da candidatura
de Dilma, em cujo caixa de campanha foi despejado dinheiro do Petrolão, o maior
escândalo de corrupção da história. Como disse certa feita um conhecido e
gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.