sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Lula produziu o maior panelaço da história



A PANELA VAZIA É A ARMA DO POVO


O PSDB apoiar o protesto do dia 16 de agosto é um imperativo moral


As inserções no PSDB estão no ar e lembram as promessas feitas pela presidente Dilma Rousseff, de viva voz, e as confrontam com a realidade. Em seguida, um apresentador convoca a população para os protestos do dia 16 de agosto.

Há pouco, conversava com amigos num grupo fechado do WhatsApp. Há quem ache, e considero os motivos apontados respeitáveis, que o PSDB não deveria fazer a convocação. Acho respeitáveis, mas discordo. Eu penso justamente o contrário: num momento assim, creio ser um imperativo moral o PSDB — e os demais partidos de oposição — apoiar o protesto. E ainda mais depois do programa que o PT levou ao ar: arrogante, terrorista e mistificador. Assistam aos vídeos tucanos. Volto em seguida.
O primeiro elemento positivo a ser apontado é o reconhecimento do partido de que não lidera os protestos — como o PT liderava, diga-se, o “Fora Collor”; e já havia liderado antes o “Fora Sarney” e liderou depois o “Fora FHC”. Se exercer o Artigo 5º da Constituição, uma das cláusulas pétreas, e gritar “Fora Presidente-Que-Está-Aí” é golpe, então o PT é o maior golpista do país. Até acho que é — mas não por isso.

O PSDB deve apoiar as manifestações porque a interrupção do mandato de Dilma — seja pela via congressual, com o impeachment; seja em razão de crime eleitoral, no TSE — tem uma evidente legitimidade: é o que quer hoje a esmagadora maioria dos brasileiros. Mas eu não apoiaria a queda de um presidente só por isso. De jeito nenhum! É preciso que haja também amparo constitucional e legal para que o governante seja demitido pelo povo. E essas duas exigências foram igualmente cumpridas.

Quando Aécio Neves perdeu a eleição para Dilma, por estreito placar, o senador também ganhou um mandato: liderar, ele próprio ou alguém de seu partido, a oposição. E a oposição tem de dizer se será conivente com crimes fiscais, crimes eleitorais e crimes contra a administração pública. Não o sendo, então é obrigatório que expresse o seu apoio ao “povo na rua”.

Se Dilma cair, não só o Brasil continua, como é muito provável que caminhe para melhor. Temos na Constituição respostas para as várias possibilidades de interrupção do mandato. Não existe, felizmente, vazio legal possível no país.

Ruim seria, isto sim, a oposição se omitir, deixando milhões de brasileiros entregues à própria indignação. E que se note: para gritar um “fora Dilma!”, não é preciso apresentar um plano de governo — como não o tinham os que gritaram “Fora Collor”. Como não o tinha Itamar Franco (ainda bem!), o que abriu as portas para o Plano Real. “Ah, mas agora o resultado pode não ser o mesmo…” Sempre pode. Mas ninguém nos dará o conforto de uma bola de cristal. Então eu fico com o conforto das instituições.

E não se trata de uma resposta só retórica. Felizmente, temos Forças Armadas disciplinadas, que não sonham nem longinquamente em se aproveitar das irresponsabilidades de algumas lideranças civis, como ocorreu em 1964. A mesma Constituição que dá as garantias legais ao eleito prevê as condições de sua saída.

Ao apoiar as manifestações do dia 16 de agosto, o PSDB se põe ao lado de um pleito legítimo e legal. Melhor ainda: sabe também que não o lidera porque essa é a uma convocação que vem de vozes da sociedade, que não abusam de nenhum aparelho público — bens dos Estado — ou coletivo: sindicatos, ONGs e movimentos sociais.

O Brasil que vai às ruas é um país sem cabresto.

The PT Song


Versão realista do programa do PT na TV


Há 70 anos, em Hiroshima, a primeira bomba atômica

Por João Batista Natali


Hoje é um dia triste para a humanidade. Há 70 anos, os Estados Unidos lançaram uma primeira bomba atômica. Foi na cidade japonesa de Hiroshima. Era uma novidade dolorosa na tecnologia de guerra. Morreram entre 140 mil e 250 mil civis. Uma segunda bomba seria lançada três dias depois, sobre Nagasaki. Terminava a guerra no Pacífico, e com ela a Segunda Guerra Mundial. A bomba de Hiroshima foi uma demonstração de força do governo americano, que poderia ser evitada. Historiadores afirmam que os japoneses já estavam negociando a rendição.

Mas prevaleceu a versão do Pentágono, de que a bomba impediu a invasão da principal ilha do Japão, o que provocaria combates com armas convencionais, e mais de um milhão de mortos. A bomba foi lançada por um quadrimotor Boeing B-29, às 8h10 da manhã. Era um dia quente e ensolarado no Japão. Mas os Estados Unidos tinham uma segunda intenção. Queriam dar um recado à Rússia, que se tornaria a potência rival durante a Guerra Fria. Diziam naqueles tempos que, se a Terceira Guerra Mundial fosse nuclear, a Quarta Guerra seria disputada com estilingues e tacapes. A humanidade seria destruída e renasceria na Idade da Pedra.

Existem hoje 192 países. E só um punhado possui a bomba atômica. São apenas nove. Existem as cinco potências tradicionais, que são a China, a França, a Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos. A Índia, o Paquistão e a Coreia do Norte também têm a bomba. Israel também, mas nunca confessou isso publicamente. Uma das grandes conquistas da diplomacia mundial foi o Tratado de Não-Proliferação, de 1970. Ele serviu de cartilha para que outros países não entrassem no clube.

E vejam vocês que o Brasil e a Argentina também já pensaram em construir a bomba. Ainda bem que desistiram, há coisa de 30 anos. Era só o que faltava termos uma corrida nuclear na América Latina. A bomba teria sugado o dinheiro da saúde, da educação e do combate à pobreza. É assim que o mundo gira.