Por Luciano Ayan
O que ainda segura o PT é o uso criminoso de verba estatal para comprar apoio
político, seja na Internet, seja na mídia de larga escala. Ao não priorizarmos
esta batalha, temos que gastar esforços ao cubo em outras demandas.
Ilimar Franco acusa movimentos de direita de “nazismo” e inicia nova fase da
guerra midiática contra a liberdade
O jornalista Ilimar Franco, do Globo, resolveu levar a guerra midiática contra
os opositores do PT a novos patamares. Ele adentrou ao território do
confronto aberto. Enfim, as organizações Globo resolveram, assim como fizeram
na ditadura militar, abraçar com toda força a ditadura petista. Para
compreendermos diante de qual nível de baixeza estamos,
melhor começar com a análise de Alexandre Borges, com
muitas informações interessantíssimas:
"Quando a ultra-petista
Tereza Cruvinel saiu do jornal O GLOBO em 2007 para assumir a presidência da
EBC (TV Brasil, NBR TV, Agência Brasil e várias rádios) a convite de Lula,
deixou em seu lugar o cunhado Ilimar Franco. É como no futebol quando um
técnico sai e deixa seu carregador do saco de bolas e uniformes no lugar.
Tereza Cruvinel na adolescência foi militante da Liga Operária, atual PSTU, mas
depois deu uma “guinada à direita” e acabou petista.
Ilimar foi esquecido na
coluna que a cunhada mais famosa assinava em O GLOBO e, oito anos depois, a
indigência intelectual continua a mesma. Seu colunismo é do tipo mais comum em
Brasília, o “papo de cafezinho”, aquele que se resume a publicar fofocas plantadas
pelo PT e pela esquerda em geral para mandar recados a adversários e apitar os
“dog whistles” para a militância. É como um blog de fofoca de celebridades, só
que com gente feia nos holofotes.
A coluna de hoje reproduz,
da maneira bocó e pedestre que caracteriza seu autor, a infalível Lei de
Godwin: quando acabam os argumentos na discussão, resta chamar o adversário de
nazista. Nesse caso, Ilimar não só cruzou esta última linha como associou
diretamente os movimentos de rua contra o governo ao nazismo, com todas as
letras, citando o MBL, o Vem pra Rua e o Revoltados On Line. O que resta a
esses movimentos é, sem dúvida, a via judicial. Se algum advogado liberal
estava esperando uma oportunidade para ajudar a limpar o país do petismo, ela
chegou.
Você, que é um dos nove
entre dez brasileiros cansados do petismo, também é visto pelo colunista como
alguém que “ataca nordestinos” e é contra as cotas, uma maneira esquerdista
light de te chamar de racista. Está bom de insultos para domingo de manhã num
dos principais jornais do país?
Outra técnica manjada é
tentar dar um ar acadêmico ao comentário, nesse caso convocando o esquerdista
Alberto Carlos de Almeida para desqualificar os movimentos oposicionistas: “não
tem expressão real”. Veremos nas próximas eleições, mas é interessante como o
fato de 93% dos brasileiros desaprovarem esse desastrado, corrupto, inepto e
decadente governo passa completamente despercebido para os “cientistas
políticos” autorizados pelo petismo para frequentas as colunas de jornal.
Com a internet e as redes
sociais, a população já não é mais refém desse tipo de delinquente que tem como
única função no jornalismo avançar a agenda petista como se empurra comida
goela abaixo de um ganso para produzir foie gras. Não mais, é hora do basta, e
é sempre um alívio saber que os recados desse triste serviçal do petismo são
cada vez menos relevantes para o eleitorado."
Essa coisa, aliás, pode ser lida aqui, bem como na versão impressa do jornal. Abaixo segue
um printscreen da acusação:
Renan Santos, um dos líderes do
Movimento Brasil Livre, com toda razão não vai levar desaforo para casa. Veja o
vídeo:
E tem que processar mesmo!
Porém, é importante acrescentar
algo. Ilimar Franco e os blogueiros petistas fazem parte do mesmo time. A
diferença é que os últimos geram o conteúdo que será depois multiplicado pela
mídia de maior porte. Ryan Holiday já havia explicado o processo em um livro
intitulado Trust Me, I´m Lying. Faço questão de adicionar o trailer abaixo por
que (apesar de ser em inglês) ele dá uma descrição de como funciona:
Logo, é preciso combater o uso
de verba estatal para os blogs petistas, que dependem de verba desproporcional
para conseguir estabelecer verdadeiros think tanks virtuais, pelos
quais criaram um negócio baseado na confecção de factóides para o governo.
Por outro lado, tudo que tem
ocorrido tem origem nos últimos dois meses de 2014, quando o PT resolveu
cortar, ao menos por algum tempo, as verbas estatais de anúncios para a Revista
Veja, e, ao mesmo tempo, iniciou uma campanha para causar a censura de Rachel Sheherazade
no SBT. Essas duas mensagens poderosíssimas fizeram com que a mídia, já
tendenciosa em favor do governo, fosse se ajoelhar de uma vez por todas. Sendo
que os blogs estatais continuam sendo abastecidos pelas verbas estatais, é
óbvio que a coisa ia descambar para esses ataques, que serão ainda maiores
daqui para a frente.
Em novembro de 2014, escrevi, após Rachel ter sido censurada:
"De novo, outra vitória
simbólica estupenda do PT na questão da censura de mídia. De novo, outra
vitória simbólica estupenda do PT na questão da censura de mídia. Se eles já
conseguiram cortar verbas para a Veja (e ninguém falou nada), o silêncio dos
republicanos em relação à mais esse caso irá cada vez mais implantar a seguinte
mensagem no senso comum: “é lícito e normal que o governo use seu poder
econômico para coagir empresas a direcionar conteúdo a seu favor, assim como
punir aquelas que tenham conteúdo contra”.
Evidentemente, um impeachment
de Dilma Rousseff é provável. Todavia, ele é triplamente mais difícil
exatamente pelo fato de o governo continuar mantendo uma blogosfera estatal,
direcionando conteúdo da mídia a partir de anúncios estatais. Bastaria uma
proibição de anúncios de estatais monopolistas em qualquer mídia, além de
definir critérios isonômicos para todos os meios (sem nenhum risco de sanção),
o estabelecimento de um grande Adsense para anúncios de Internet (que
ainda assim deveriam ser reduzidos, em investimento, comparado ao que acontece
hoje) e a garantia da liberdade na Internet (onde nós podemos desconstruir as
mentiras da mídia).
Em suma, o que ainda segura o
PT é o uso criminoso de verba estatal para comprar apoio político, seja na
Internet, seja na mídia de larga escala. Ao não priorizarmos esta batalha,
temos que gastar esforços ao cubo em outras demandas.
Renan Santos faz muito bem ao
processar Ilimar Franco Nós todos, porém, devemos priorizar leis para (1)
encerrar ou limitar radicalmente anúncios de estatais monopolistas, (2)
estabelecer um limite para gastos estatais com anúncios, (3) garantir isonomia
de distribuição de verbas, (4) sem querer ser redundante, estabelecer limites e
uma política de isonomia para anúncios estatais especialmente na Internet, e
(5) garantir a Internet livre. Com medidas assim, tiramos o sorriso do rosto de
gente como Ilimar Franco fácil, fácil…
Kennedy Alencar quer dar golpe em Cunha
Por que um petista chama os outros de golpistas o tempo todo? Simples: para
esconder seu próprio vício em golpismo, uma vez que as ações petistas
geralmente incorrem em golpe. Com Kennedy Alencar
não seria diferente. Diz ele:
"O presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz que pretende continuar no comando da Casa
na hipótese de ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo
Janot.
A denúncia deverá vir em
breve.
Reservadamente, um dos
investigadores afirma que o relato do que foi apurado até agora poderá levar
Cunha a sofrer pressão política para reavaliar a intenção de continuar a
presidir a Câmara. A denúncia teria fatos fortes."
Ué, não é Eduardo Cunha quem
precisa “pretender” continuar no comando da Casa na hipótese de denúncia. São
os golpistas do PT que devem “pretender” tirá-lo de lá apenas com meras
denúncias que, como tais em um Estado de Direito, não configuram motivo para
afastamento (onde está o resultado do julgamento, Kennedy?). Ademais, segundo
os próprios petistas, apeamento de alguém que foi eleito por voto é
“golpe”. Neste caso, os petistas estariam dando um golpe duplo, posto que
Cunha foi eleito pelo povo, no voto direto, e depois eleito Presidente da Câmara,
por votação em uma Câmara de Deputados, todos eles eleitos pelo povo, também em
voto direto.
"Na avaliação de quem
está no centro das decisões da Lava Jato, a prisão preventiva de Cunha já teria
sido pedida caso ele fosse um executivo de uma empreiteira. Investigadores
dizem que o presidente da Câmara teria tentado interferir nas investigações.
Cunha nega e se diz perseguido pela Procuradoria Geral da República.
Mas, como o peemedebista é
chefe de um poder da República, seriam complicados os eventuais pedidos de
prisão ou de afastamento da presidência da Câmara _este último uma
possibilidade em estudo e ainda sem decisão da parte do Ministério
Público."
A coisa é mais simples. A
expressão “seriam complicados os eventuais pedidos de prisão ou de afastamento”
significam “o golpe é mais difícil”.
"Cunha sempre negou ter
cometido crime no âmbito da Lava Jato. E já deu prova de que tem audácia
política suficiente para enfrentar a Procuradoria Geral da República.
Segundo parlamentares que
conversaram com Cunha nos últimos dias, ele estaria decidido a tentar ficar no
comando da Câmara e a marcar o início do segundo semestre como um inferno para
o Palácio do Planalto.
O duelo entre Cunha e Janot
promete emoções."
A emoção vai aumentar muito
mais no momento em que os republicanos do Brasil (ou seja, todos aqueles que
não apoiam o totalitarismo petista) começarem a demonstrar o quanto a tentativa
de afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara é golpismo puro e
simples.
O quão baixo os governistas
podem descer? Cientificamente, não temos esta resposta, pois neste caso eles
nos mostram descobrir a arte de explorar o infinito absoluto.
Os petistas destruíram a
economia brasileira, saquearam o estado e aparelharam toda a máquina com
tamanha proficiência porque possuem uma ética digna de assustar o Satanás. É
gente com esse perfil que consegue, no mesmo instante em que acusam os
opositores de “golpistas”, usar um discurso, este sim, golpista, e ainda por
cima sem se corar.
A partir de agora, devemos
aplicar a regra de Alinsky, que dita que devemos fazer o adversário sucumbir
pelo próprio livro de regras, e humilhá-los em público a cada vez que tentarem
dar um golpe em Eduardo Cunha.
Luis Nassif diz que não se importa se Othon Luiz Pinheiro da Silva é culpado ou
não
O almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva apareceu na delação premiada de Danton
Avancini, diretor da Camargo Correa (que lhe teria feito três pagamentos).
Othon foi para trás das grades. Em vista disso, Luis Nassif afirmou:
"É possível que Othon
seja culpado, é possível que não seja, pouco importa: desde hoje está na cadeia
o pai do programa nuclear brasileiro.
O Brasil deve a Othon o
maior feito de inovação da sua história moderna: o processo de enriquecimento
de urânio através de ultra centrífugas. Foi um trabalho portentoso, que
sobreviveu às crises do governo Sarney, ao desmonte da era Collor, aos
problemas históricos de escassez de recursos, enfrentando boicotes externos,
valendo-se de gambiarras eletrônicas para contornar a falta de acesso a
componentes básicos, cuja exportação era vetada por países que já dominavam a
tecnologia."
Como se diz por aí… eu queria
“desler” isso.
Quer dizer que Luis Nassif
afirma que “pouco importa” se Othon é culpado ou não? O problema, conforme ele
alega, é que o sujeito é definido como “pai do programa nuclear brasileiro”. Na
verdade, não. Othon foi apenas o coordenador de projetos especiais e, como tal,
poderia ter sido substituído por outra pessoa. O bizarro é que Nassif tratou o
almirante como se fosse um cientista, sem o qual uma “descoberta” não
existiria.
E nem que fosse! O fato é que
as qualificações e méritos de Othon, neste momento, não significam
absolutamente nada: o que importa é se ele é culpado ou inocente. Repare que
para Nassif “não importa” se ele é culpado ou inocente. Quer dizer, mais uma
vez um petista inverte tudo no momento de fazer avaliações morais.
Em tempo: nós não devemos nada
a Othon. Que eu saiba ele recebeu salário pelo que fazia. E ele não fez
caridade alguma. E ainda por cima o salário dele foi pago por nós.