domingo, 26 de julho de 2015

Vivemos uma crise sem precedentes


Não há crise institucional no país; ela é política e econômica

Por Reinaldo Azevedo - #Prontofalei


Justiça decreta nova prisão de Marcelo Odebrecht e executivos. MPF apresenta denúncia contra os presos nesta sexta-feira


OdebrechtSol nascendo com outro formato geométrico – Nesta sexta-feira, 24, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, decretou nova prisão preventiva de Marcelo Odebrecht e outros executivos e ex-funcionários da construtora: Rogério Araújo, Márcio Faria, César Rocha, Alexandrino Alencar. Todos estão presos desde 19 de junho na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e foram indiciados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitações.

Nesta sexta, o Ministério Público Federal também pretende apresentar denúncia contra eles, abrindo caminho para que possam se tornar réus no escândalo do petrolão.

Segundo o juiz, desde a decretação da primeira prisão dos executivos, “surgiram diversos elementos probatórios” que implicam de forma mais sólida os empresários no esquema de corrupção e fraude em contratos da Petrobras. A nova decretação da prisão preventiva dificulta ainda mais que eles consigam liberdade em instâncias judiciais superiores. É que agora, com duas decretações de prisão em vigor, as defesas passam a ter de desconstruir um maior número de teses para conseguir livrar os empresários da cadeia.
“De toda a análise probatória, cabe concluir, em cognição sumária, pela presença de prova de materialidade de crimes de cartel, ajuste de licitações, corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito do esquema criminoso da Petrobrás praticados por dirigentes da Odebrecht, bem como prova de autoria em relação aos investigados Rogério Santos de Araújo, Márcio Fária da Silva, Cesar Ramos Rocha, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar e Marcelo Bahia Odebrecht”, afirmou Sérgui Moro ao alegar haver risco à ordem pública, chance de reiteração de crimes, risco de os investigados fugirem do Brasil e potencial comprometimento à investigação e à instrução caso os executivos sejam soltos. De acordo com o magistrado, os executivos da Odebrecht, se não estiverem presos, têm condições de interferir na colheita de provas, pressionando testemunhas ou mesmo recorrendo à interferência política.

O juiz argumenta que, além do depoimento de delatores contra a empreiteira, há provas documentais sobre a existência do cartel de empreiteiras na Petrobras: foram apreendidas tabelas de preferência das obras entre as empreiteiras e mensagens entre o doleiro Alberto Youssef e executivos da Odebrecht, descobertas pelo menos 135 ligações telefônicas entre Rogério Araújo e o operador Bernardo Freiburghaus e encaminhada investigação do Ministério Público da Suíça sobre transações da Odebrecht com contas controladas por então dirigentes da Petrobras.

Por exemplo, na conta da offshore Smith & Nash Engeinnering Company, que tem por beneficiário econômico a Odebrecht, foram encontrados depósitos milionários repassados para a conta Sagar Holdings, controlada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Por meio de outras contas, também houve repasses para os ex-diretores Nestor Cerveró, Jorge Zelada, Renato Duque e para o ex-gerente da petroleira Pedro Barusco.

“Trata-se de prova material e documental do pagamento efetivo de vantagem indevida pela Odebrecht para os dirigentes da Petrobrás, especificamente Paulo Costa, Pedro Barusco, Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada”, ressaltou Moro. Em relação a Marcelo Odebrecht, o juiz destaca como relevantes as mensagens cifradas apreendidas no celular no executivo e o e-mail do ex-funcionário da empresa Roberto Prisco Ramos ao presidente da Odebrecht. Nesta mensagem, há referência de sobrepreço de até 25 mil dólares por dia em um contrato de operação de sondas. Para a defesa do executivo, a palavra sobrepreço não quer dizer superfaturamento do contrato.


“Apesar de a defesa ter questionado o caráter criminoso da expressão ‘sobrepreço’, o sentido imediato remete a superfaturamento do preço de operação da sonda e no mínimo indica que Marcelo Bahia Odebrecht estava integrado nas discussões dos negócios na área de Óleo e Gás, nas quais eram cometidos crimes”, revelou Sergio Moro, que disse ainda haver provas de pagamento de propinas por meio de outras empresas do grupo, como a Osel Odebrecht, Osela Angola Odebrecht e CO Constructora Norberto Odebrecht.

Reajuste dos MILITARES e 28%.


O Ministro da Defesa, que viajou para o Haiti, pediu desculpas por essa semana não ter se encontrado com representantes dos MILITARES das Forças Armadas para negociar o pagamento dos 28.86%.

As iniciativas do Ministro em prestigiar lideranças como Genivaldo, Kelma Costa e Ivone Luzardo demonstram que há real necessidade de que representantes dos militares participem das negociações salariais. O deputado cabo Daciolo tem também buscado participar das negociações, na última reunião com os militares algumas pessoas levantaram a ideia de estabelecimento de uma data base. Contudo, como a CF de 1988 impede que deputados apresentem propostas relacionadas a reajustes para as Forças Armadas os políticos têm poder limitado nesse campo., podendo apenas apresentar indicações parlamentares ou dialogar com o Ministro da Defesa.

Nessa sexta-feira Jornais cariocas também divulgaram que há possibilidade de reajuste, haja vista que outras categorias foram beneficiadas com a reposição da inflação. Mas, ninguém se arrisca a citar números ainda.


É certo que se a Presidente for convencida a sancionar o reajuste do Judiciário, de mais de 53%, os militares federais terão um grande álibi para exigir um índice no mesmo patamar. Com a aproximação do final do ano e seguidas informações de restrição orçamentária por parte do governo federal, a angustia da família militar começa a aumentar.

Abaixo o povo brasileiro

Por Olavo de Carvalho

O cúmulo da demência aparece quando o grito de "respeitar as instituições" vem das mesmas bocas que acabam de dizer: "As instituições estão todas aparelhadas". É um lindo raciocínio: As instituições não são confiáveis, portanto confiemos nelas.

Nas discussões públicas, com milhões de assuntos entrecruzados e novos fatos sucedendo-se a cada instante, o número de indivíduos com capacidade e tempo para averiguar pessoalmente a veracidade ou falsidade últimas do que se diz é ínfimo ou nulo. Para a massa dos observadores, a noção de "verdade" está indissoluvelmente fundida com a de "confiabilidade", portanto com a de "autoridade": o argumentum auctoritatis – o mais fraco dos argumentos, segundo Sto. Tomás de Aquino – acaba sendo não apenas o mais usado, mas o único pelo qual a população se deixa guiar.

Portanto, para saber quais idéias serão aceitas pela população, basta averiguar o que dizem as "autoridades". Em geral, as fontes de autoridade são duas e apenas duas:
  1. O Estado.
  2. O beautiful people: As pessoas famosas e a mídia que lhes dá a fama. Inclui-se aí a classe acadêmica.

Uma certa margem para a discussão objetiva só aparece quando essas duas fontes entram em conflito. Quando elas estão de acordo, a opinião divergente, por mais fundamentada que seja, desaparece no oceano da indiferença ou é francamente estigmatizada como sintoma de doença mental.

No Brasil, onde a mídia e a classe acadêmica dependem quase que inteiramente do Estado, este se torna a fonte única da autoridade, sua palavra o fundamento inabalável de todas as crenças. Quando a opinião pública se volta contra o governo existente, é porque este, por inabilidade ou por qualquer outra razão, relaxou o controle sobre a fonte secundária. Isso aconteceu no regime militar, na gestão Collor de Mello e agora neste final melancólico do império comunopetista.

Mesmo na vigência do conflito, no entanto, a mídia, o show business e a classe acadêmica sabem que, a longo prazo, continuam dependentes do Estado. Por isso, quando se opõem a um governo, lutam apenas por mudanças superficiais que preservam intactas as estruturas fundamentais do poder. A classe governante absorve todos os impactos e sempre encontra um modo de revertê-los em seu benefício.

Por isso é que, mesmo não sendo tão grande em termos absolutos – imaginem, somente, uma comparação com a burocracia chinesa ou cubana --, o Estado brasileiro tem um poder avassalador face à sociedade civil inerme, incapaz de organizar-se, a qual, mesmo sabendo-se roubada, ludibriada e humilhada só consegue mobilizar-se quando chamada a isso pelo beautiful people, que invariavelmente tira vantagem da situação e acaba recompondo suas boas relações com o Estado na primeira oportunidade.

Com toda a evidência, o problema do Brasil não é o tamanho do Estado, mas a fraqueza da sociedade civil, isto é, da massa que trabalha e produz. Querem maior prova disso do que o fenômeno escandaloso de um partido governante que, rejeitado e abominado por noventa e dois por cento da população, continua inabalável no seu posto e ainda se permite falar em tom ameaçador e arrogante?

É uma triste ironia que, nessa hora, mesmo os que odeiam esse partido com todas as suas forças tomem a precaução de não combatê-lo senão "pelas vias institucionais e normais", como se as instituições, uma vez consagradas no papel, tivessem o direito de revogar a vontade popular que um dia as criou e legitimou e agora se vê esmagada sob a máquina infernal da cleptoburocracia.

O cúmulo da demência aparece quando o grito de "respeitar as instituições" vem das mesmas bocas que acabam de dizer: "As instituições estão todas aparelhadas". É um lindo raciocínio: As instituições não são confiáveis, portanto confiemos nelas.

Fortalecer e organizar a sociedade, apelar à desobediência civil, incentivar a iniciativa extra-oficial, "ignorar o Estado" como recomendava Herbert Spencer, são idéias ante as quais essas pessoas recuam horrorizadas, preferindo antes suportar o descalabro petista por mais não sei quantas décadas do que admitir que a autoridade legítima não está em Brasília, e sim nas ruas e nas praças de todo o país.

O sistema comunolarápio não ruirá enquanto o beautiful people – no qual nós, jornalistas, nos incluímos -- não aceitar que, acima dele e acima do Estado, existe uma terceira e mais legítima fonte de autoridade: a opinião de todos, a vox populi.

Enquanto isso não acontece, o povo continua sendo sacrificado no altar do oficialismo, onde sacerdotes da infâmia repetem dia e noite o mantra sinistro: "Viva a normalidade institucional! Abaixo o povo brasileiro!"



Havana recebe apoio para aumentar a repressão

Por Revista Catolicismo - nº 774

orlando_gutierrez
“Padecemos o enrijecimento da repressão em Cuba”, afirmou Orlando Gutiérrez Boronat [foto], do Directorio Democrático Cubano, organização de cubanos exilados que denuncia a multiplicação “dramática” da repressão comunista na ilha.


“Há uma relação direta entre a política de normalização das relações do regime castrista com os EUA e o reforço da repressão. Por quê? Porque o regime se sente impune”, explicou Gutiérrez. Em Havana, o dissidente Elizardo Sánchez confirmou a captura de uma centena de simpatizantes das Damas de Blanco, grupo formado em 2003 por esposas de prisioneiros políticos. E acrescentou que o degelo entre o EUA e Cuba sob a égide do Papa Francisco não existe para quem não afina com o regime comunista.

A perseguição anticatólica sente-se apoiada pela escalada da “Teologia da Libertação” no Vaticano, que estimula a aproximação da Santa Sé com países comunistas ou ditaduras socialistas.