Por Ucho.info
Hora da verdade – Na tarde de segunda-feira (4), o ministro
da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que as inscrições do Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies) para este semestre foram encerradas no dia 30.
Janine ressaltou que, apesar da decisão da Justiça, as inscrições não serão
reabertas porque os recursos acabaram. “Nós esgotamos o recurso que estava
destinado (para este semestre). Não havendo mais recursos, a reabertura do
sistema seria meio inútil”, revelou.
A Justiça Federal de Mato Grosso determinou na última
quinta-feira (30) que a União e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) prorrogassem o prazo de inscrição para novos contratos do Fies. Janine
afirmou que o Ministério da Educação ainda não foi notificado da decisão e que
recorrerá.
Na edição do Fies encerrada na última semana foram
disponibilizados R$ 2,5 bilhões para novas inscrições. O total para este ano é
de R$ 15 bilhões, incluindo contratos já vigentes.
De acordo com o ministro, a abertura de uma nova edição do
Fies no segundo semestre deste ano dependerá da capacidade orçamentária da
União, que ainda não está definida. “Se vamos ter uma nova edição, é claro que
estamos trabalhando nisso e temos todo o interesse, mas não podemos prometer
algo que não temos certeza.”
Janine também explicou que a definição sobre a abertura de
vagas para o próximo semestre ocorrerá após o anúncio da disponibilidade do
Orçamento da União. Até o fim do mês, o governo precisa divulgar o
contingenciamento de 2015.
No primeiro semestre foram aceitas as inscrições de 252 mil
estudantes. De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Educação,
Luiz Cláudio Costa, 500 mil pessoas tentaram um financiamento. “Atendemos uma
em cada duas inscrições”, afirmou.
Renato Janine comemorou o fato de ter aumentado a proporção
de vagas em cursos de melhor qualidade. Nesta edição, 19,79% dos cursos
financiados receberam nota máxima (5) do MEC. Na edição anterior, foram 8,13%.
Durante coletiva de imprensa, o ministro da Educação afirmou
também que o governo deve integrar os sistemas do Sisu, Fies e ProUni no
próximo semestre. Segundo ele, o estudante poderá tentar uma vaga em
universidade pública pelo Sisu e, caso não consiga, será automaticamente
direcionado para a seleção do ProUni, que garante vaga em universidades
privadas. No caso dessa segunda tentativa, poderá pleitear o financiamento pelo
Fies. “Nosso plano é realmente adotar esse sistema já no segundo semestre, que
simplifica a vida de todo mundo”, afirmou.
Falência múltipla
Ao longo dos últimos doze anos, o Partido dos Trabalhadores
arruinou o País na esteira de um amontoado de discursos mentirosos e
populistas, base de um projeto totalitarista de poder defendido pelos
“companheiros”. Com a reeleição de Dilma Vana Rousseff, o estrago deve
continuar de forma acelerada nos próximos quase quatro anos, pois a presidente
é não apenas refém da própria incompetência, mas conivente com a corrupção.
A estratégia petista baseou-se na secular fórmula do “pão e
circo”, mas esse modelo chicaneiro de governança começa a esfarelar, assim como
acontece com o partido, que corre o sério risco de desaparecer muito antes do
fim do seu representante único e maior, Luiz Inácio da Silva, o alarife que
após deixar o poder transformou-se em lobista de empreiteira.
O melhor exemplo do desmonte que afeta o governo e o próprio
PT está na fala de Dilma Rousseff por ocasião de sua posse no segundo mandato.
A petista afirmou na ocasião que a partir daquele momento o governo adotaria o
slogan “Brasil, pátria educadora”, como se a educação dependesse apenas de
frases de efeito buriladas por marqueteiros de plantão.
Sem investimentos por parte do Estado não há educação. E sem
educação não há sequer um arremedo de nação. O desconhecimento proporciona o
terreno fértil para a cultura de modelos totalitaristas, a exemplo do que
pretende o PT, que na última década mostrou ao mundo a sua vocação para o
banditismo político, algo capaz de fazer inveja a Al Capone e suas muitas
imitações.
(Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)