sexta-feira, 20 de março de 2015

Rui Falcão quer cortar apoio a Emissoras

Por Reinaldo Azevedo


Comissão de Desaparecidos Políticos

Por Carlos I. S. Azambuja

Em fins de agosto de 1995 - 16 anos após a Anistia concedida no governo do presidente Figueiredo -, foi enviado ao Congresso Nacional pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, um projeto de lei dispondo sobre “o reconhecimento das pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979”.

Segundo esse projeto, foi criada uma Comissão Especial, composta por 7 membros, “de livre escolha e designação do Presidente da República”, com a atribuição de proceder ao reconhecimento dessas pessoas que tenham falecido, de causas não naturais, “em dependências policiais ou assemelhadas”.

Ao projeto foi anexada uma relação com os nomes de 136 pessoas consideradas desaparecidas no período definido de 18 anos (1961 a 1979).

Os familiares desses desaparecidos, segundo o projeto, teriam direito a uma indenização, a título reparatório, variável entre 100 mil e 150 mil reais, conforme o caso. Em maio de 1998, com o decorrer dos trabalhos da Comissão, a relação de desaparecidos já continha os nomes de 224 pessoas. No mesmo sentido, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados elaborou uma relação paralela, com 288 nomes.

O projeto da Comissão foi redigido pela Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, todavia as relações de desaparecidos políticos começaram a ser confeccionadas no governo Itamar Franco, quando o Ministro da Justiça era o Sr. Maurício Corrêa, com base em consultas aos Ministérios Militares, às associações de familiares de mortos e desaparecidos políticos e em denúncias de organismos nacionais e internacionais defensores dos direitos humanos.

Deve ficar claro que a grande maioria das pessoas cujos nomes constam na relação de desaparecidos não desempenhava quaisquer atividades políticas, e sim pegaram em armas para, através da tática de realizar seqüestros de diplomatas, aviões, assaltos a bancos e estabelecimentos comerciais, roubo de armas, muitos com assassinatos à mão armada, atentados a bomba contra quartéis e “justiçamentos” – até mesmo de seus próprios companheiros -, bem como a tentativa da implantação da guerrilha urbana e rural no país. Esse é um fato histórico, que não pode ser eludido.

Na relação dos desaparecidos políticos que acompanhou o projeto constavam os nomes de 59 guerrilheiros considerados desaparecidos na Guerrilha do Araguaia, com a profissão e data de desaparecimento de cada um deles, no período de 1972 a 1974.

De conformidade com essa relação, mais de 50% dos guerrilheiros mandados para a Selva Amazônica pela direção do Partido Comunista do Brasil, a fim de implantar o embrião da guerra popular prolongada, eram estudantes universitários e secundaristas.

A propósito dos objetivos da Comissão de Desaparecidos Políticos, já está mais do que caracterizado que a “experiência” posta em prática pelo Partido Comunista do Brasil que resultou na insana Guerrilha do Araguaia não foi uma reação ao Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, como a esquerda e muitos historiadores apregoam. Ela teve início ainda no governo João Goulart, em fevereiro de 1962, quando um grupo de dirigentes e militantes do Partido Comunista Brasileiro, inconformado com a tática de “linha pacífica” para a tomada do poder, criou o Partido Comunista do Brasil, com a finalidade de partir para formas superiores de luta, eufemismo designativo de violência armada. Não existia, então, nenhuma ditadura militar.

Também já foi escrito e é um fato histórico que ainda no governo Goulart, em 29 de março de 1964, dois dias antes da Revolução, um primeiro grupo de militantes do PC do B foi mandado à China, a fim de receber treinamento militar na Academia Militar de Pequim; e que, já em fins de 1966, esse grupo de militantes, retornado da China, foi deslocado para o Brasil Central a fim de montar a chamada “Área Estratégica”,embrião da guerra popular prolongada. Tudo, portanto, antes do Ato Institucional nº 5.

Optar pela forma de luta armada no campo, realizar treinamento militar em país comunista e internar-se na selva amazônica, foi uma decisão do núcleo seleto de comunistas que constituiu e passou a dirigir o Partido Comunista do Brasil, alguns dos quais o dirigem até hoje. Os que assim decidiram é que deveriam ser responsabilizados pelas mortes ou desaparecimentos na tresloucada empreitada do Araguaia.

Não apenas o Partido Comunista do Brasil, mas também diversos outros partidos, grupos, organizações e seitas da esquerda radicalizada não hesitaram em promover a violência armada. Para dar combate à tática que utilizavam, como acima foi dito: - assaltos a bancos e a estabelecimentos comerciais, atentados a quartéis, seqüestros de pessoas e aviões comerciais, roubo de armamento, assassinatos de alguns de seus próprios companheiros, denominados de “justiçamentos” -, o governo viu-se na contingência de apelar para as Forças Armadas, constitucionalmente responsáveis pela manutenção da LEI e da ORDEM.

A LEI e a ORDEM foram restabelecidas, sendo as guerrilhas, urbana e rural, eliminadas na guerra suja então travada. Pouco tempo depois, em agosto de 1979, o governo decidiu pela concessão de uma Anistia a todos os envolvidos na guerra suja e que haviam sido condenados ou estavam presos por participação na violência armada ou, de forma pacífica, nos movimentos e partidos clandestinos de oposição. O objetivo da anistia foi o de pacificar o país e estender o manto do esquecimento sobre aqueles anos de chumbo.

Ou seja, todos aqueles que estavam condenados ou simplesmente presos, ainda submetidos a processos, foram libertados. E agora os que, todavia, na louca empreitada perderam a vida, tiveram seus familiares recompensados financeiramente.

Para a concessão dessas recompensas, no entanto, não deixa de ser ridícula e extemporânea a insinuação dos que redigiram o projeto criando a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos de que os guerrilheiros do Araguaia estavam sob a custódia do Estado ou em “dependências policiais ou assemelhadas”.

Não deixam também de ser extravagantes as alegações da Comissão de Mortos e Desaparecidos para recompensar as famílias de diversos guerrilheiros urbanos, definindo que foram mortos em “dependências policiais ou assemelhadas” ou em “lugares sujeitos à administração militar”, artifícios utilizados para inúmeros casos, como os de Carlos Lamarca, morto no sertão baiano - cuja viúva já recebia pensão militar - e Carlos Marighela, morto em via pública, no centro de São Paulo, traído, deliberadamente ou não, pelos seus camaradas do Convento dos Dominicanos, e muitos outros, reconhecidamente mortos nas ruas, em confrontos com a polícia.

Rosalino Souza, o “Mundico”, da Guerrilha do Araguaia, sabidamente “justiçado” por seus companheiros, teve seu nome incluído na relação de Desaparecidos Políticos.

Mas isso ainda é pouco, para quem parece querer mais. A Comissão, criada em agosto de 1995, continua funcionando e julga não ter ainda concluído seus trabalhos, que não disfarçam um acerto de contas com o passado.
Integram essa Comissão, na condição de representantes dos familiares, Iara Xavier Pereira e Suzana Kiniger.

Quem são essas senhoras?

- Iara Xavier Pereira pertence a uma família de militantes da violência armada. Seu pai, João Batista Xavier Pereira, sua mãe, Zilda Paula Xavier Pereira, e seus irmãos, Alex de Paula Xavier Pereira e Iuri Xavier Pereira, foram militantes da Ação Libertadora Nacional.

Iara, Alex de Paula, Iuri e Zilda, receberam treinamento militar em Cuba.

Alex de Paula e Iuri participaram de mais de 40 ações terroristas. Iuri, inclusive, foi um dos que participaram do “julgamento” pela chamada “Justiça Revolucionária”, que condenou à morte sob a acusação de “vacilação”, o seu companheiro Márcio Leite Toledo, “justiçado” em 26 de março de 1971, em São Paulo.

Alex e Iuri foram mortos, em 1972, nas ruas de São Paulo, em confronto com a polícia. Alex de Paula em 29 de janeiro de 1972, juntamente com o também terrorista Gelson Reicher; e Iuri em 14 de junho de 1972, juntamente com seus companheiros Ana Maria Nacinovic Corrêa e Marcos Nonato Fonseca.

Segundo está registrado nas páginas 296, 297 e 298 do livro “Mulheres que Foram à Luta Armada”, editado em 1998,“Iara, ora com um 38, ora com um 32 - às vezes com uma metralhadora - participou de algumas ações armadas: expropriou carros, assaltou firmas (...) Iara é econômica no que diz respeito aos detalhes das ações, pois ela ocupa, nestes anos do governo Fernando Henrique Cardoso, posição de destaque junto à Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, a responsável pelas indenizações do Estado aos familiares dos rapazes e moças que morreram na luta”.

Iara Xavier Pereira foi casada com Arnaldo Cardoso Rocha, militante da ALN, também morto em confronto com a polícia nas ruas de São Paulo, em 15 de março de 1973. O jornal “O Estado de São Paulo” de 16 de março de 1973 noticiou a morte:“Três terroristas que lideraram a ação que provocou a morte do português proprietário do restaurante Varella, na Mooca, foram mortos na tarde de ontem durante tiroteio com agentes dos órgãos de segurança, na rua Caquito, no bairro da Penha”.Nesse sentido, a rua Caquito, no bairro da Penha, teria sido considerada uma “área sujeita à administração militar” ou uma“dependência militar ou assemelhada”?

Após a morte do marido, Iara viajou para o Chile, e daí, novamente, para Cuba.

A outra “representante das famílias” na Comissão, Suzana Kiniger, ou Suzana Lisboa, foi também militante da ALN, juntamente com seu marido Luiz Eurico Tejera Lisboa. Ambos receberam também treinamento militar na ilha de Fidel Castro. Luiz Eurico apareceu morto, em circunstâncias misteriosas, em São Paulo, em 1972.

Os familiares de Alex de Paula Xavier Pereira, Iuri Xavier Pereira, Arnaldo Cardoso Rocha e Luiz Eurico Tejera Lisboa – que são Iara e Suzana -, foram recompensados pela Comissão de Desaparecidos Políticos.

Em agosto de 1996, a Comissão cometeu outro desatino. Decidiu conceder indenização de 100 mil reais aos beneficiários do Coronel Aviador Alfeu de Alcântara Monteiro, morto em 31 de março de 1964 com um tiro de pistola dentro de um quartel da Aeronáutica em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, cuja viúva já recebia pensão militar.

A respeito de seu voto favorável nesse processo, o General Osvaldo Pereira Gomes, representante das Forças Armadas naComissão de Desaparecidos Políticos, autocriticou-se em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo” de 7 de junho de 1998. Disse ele: “(...) Houve o caso de um militar janguista que se rebelou num quartel do Rio Grande do Sul. Ele foi morto, e a Comissão votou o processo em que ele teria levado 16 tiros pelas costas.

Era o coronel Alfeu de Alcântara Monteiro. O pedido de indenização foi aceito. Eu mesmo aprovei o caso. Na verdade, depois de o caso ser apurado, fui descobrir que o coronel não tinha levado 16 tiros pelas costas, mas sim um tiro, após um tiroteio (...) O que foi para o relatório ‘Brasil Nunca Mais’ foi essa versão de 16 tiros pelas costas, o que é uma inverdade. Houve muitos casos como esse. Havia inclusive uma combinação entre os presos para eles orquestrarem determinados depoimentos. Como exemplo, há o caso do general Fayad. Vários presos políticos combinaram em falar que todos foram torturados por ele (...)”.

A VERDADE é que o Coronel Alfeu de Alcântara Monteiro, um Oficial janguista, recusou-se a passar o comando da então 5ª Zona Aérea para o Brigadeiro Nelson Freire Lavanère Wanderley e reagiu, dando um tiro de pistola no Brigadeiro, causando-lhe um ferimento na face. Um Coronel, que acompanhava o Brigadeiro Wanderley, reagiu, matando com um tiro o Coronel Alfeu. Foi instaurado um Inquérito Policial Militar, sendo o Coronel absolvido pelo STM.

As dúvidas do general Osvaldo Pereira Gomes sobre esse processo, antes da votação, para que pudesse dar seu voto com absoluto conhecimento de causa, como é o mínimo que a sociedade exige de qualquer Juiz, seriam dirimidas se, simplesmente, tivesse consultado o Inquérito Policial Militar acima referido, arquivado no STM. Mas parece que preferiu informar-se no “Relatório Brasil Nunca Mais”, redigido pela Arquidiocese de São Paulo.

Não é altamente edificante conhecer um pouco da VERDADE HISTÓRICA?


Publicado originalmente no site Alerta Total


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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

Ponto de vista: BASTA!


Basta é a palavra da moda, significa, segundo o dicionário informal da língua portuguesa, uma "ordem para interromper uma ação ou mandar alguém se calar"

O brasileiro, em 15 de março de 2015, na maior manifestação da nossa história democrática, foi às ruas e disse um sonoro: BASTA!

A ordem foi dirigida à Presidência da República, que, em suas patacoadas, nos leva ao atoleiro inflacionário e que infla a degradação moral tupiniquim ao acobertar seus "companheiros" de corrupção.

Foi o Partido da Presidente da República, o PT, que protagonizou o escândalo do mensalão e que agora estrela o ainda, pelo menos parcialmente, encoberto esquema do petróleo. O PT não é o primeiro partido político que assalta os cofres públicos e nem foi o responsável por inventar a corrupção, mas é quem nos rouba hoje, aqui e agora. Ao PT, na maior manifestação democrática dos últimos tempos, parcela significativa da população disse: BASTA!

É verdade que existem muitos outros esquemas de corrupção Brasil à fora. O PT, embora seja, hoje, o maior expoente da ladroagem, não é a única corja que nos assalta. Que não se enganem os outros ladrões, que não pensem que estão protegidos em suas quadrilhas, digo, agremiações políticas.

Não é a sociedade ou a mídia que criminalizam os partidos políticos, mas os políticos que usam as agremiações (que deveriam ser democráticas) como abrigo de quadrilheiros. Os políticos ladrões é que enfatizam a percepção de que todos ou quase todos os políticos – não apenas os do PT – são meliantes.

Mas a sociedade não diz o BASTA apenas ao PT, à Presidente da República e asseclas. A sociedade também diz um BASTA à forma espúria de se gerir as coisas públicas e privadas. A sociedade reclama um BASTA ao obscurantismo, aos conchavos de bastidores, à formação de cartéis. A sociedade diz um BASTA à carga tributária escorchante, diz um BASTA ao lucro e a ganância desmedida de empresas que exploram setores vitais à sociedade.

O BASTA também deve ser ouvido por órgãos públicos com as agências reguladoras, que se regulam alguma coisa, o fazem em prol de interesses inescrupulosos e nunca em favor da sociedade. A nossa telefonia é caríssima, em parte pela conivência da ANATEL, os planos de saúde, atrozes com o cliente nos momentos em que estes mais precisam. Para fazer o que fazem, contam com a ANS. E por aí podemos seguir criticando a ANA, a ANS, a ANEEL e tantas outras siglas.

A sociedade também diz um BASTA contra o sucateamento da saúde e da educação pública. Os professores, que, outrora formaram o PT, hoje são obrigados a sobreviver com menos do que o mínimo necessário. São obrigados a ministrar conhecimento sem que lhes sejam disponibilizados os meios necessários para lecionar nos tempos modernos.

As mazelas brasileiras são muitas e a todas elas devemos dizer em alto e bom som: BASTA!

Mas para transformar a realidade brasileira é preciso credibilidade, coisa que há muito o PT não tem. Os petistas dirão que os movimentos exalam o fedor do golpe. Mentira, o fétido do golpe exala das mãos vermelhas que subtraem as nossas riquezas. O fedor vem do Vaccari, do Genoino, do Dirceu, do molusco barbudo e da própria Dilma. A deterioração moral da política brasileira surge do conchavo entre Collor e Dilma, Sarney e Lula, fisiologistas e petistas. A putrefação moral do Brasil advém do aparelhamento do Estado por incompetentes e corruptos.

Por isso faço coro com a sociedade e digo BASTA DE PT, BASTA DE CORRUPÇÃO. Que os que sucederem o PT e quadrilha ouçam a voz das ruas e que adotem práticas diferentes, mais republicanas. A mobilização popular não pode enfraquecer, precisamos dar voz à insatisfação, precisamos, pois, dizer:

BASTA!


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André Soares é Defensor Público no DF.

Decretão anticorrupção de Dilma faz judiciário e Ministério Público se curvarem a acordos na CGU

Por Jorge Serrão
 
A Presidenta Dilma Rousseff deu um golpe mortal no Judiciário em seu Decretão Anticorrupção. A CGU, que é um órgão do Poder Executivo, ganhou o monopólio, competência exclusiva, de firmar acordos de delação das empresas, via acordo de leniência. Isto acontece dois dias depois da manifestação de milhões nas ruas. Dilma conseguiu o feito de legalizar uma ilegalidade. Seu ato falho de ontem seria nulo de pleno Direito, se tivéssemos segurança jurídica em Bruzundanga.

O alvo do decreto da Dilma não foram os corruptos. Foi a Justiça e o MPF. Na visão nazipetista, pode fechar o Ministério Público Federal. O desgoverno se blindou contra as ações judiciais movidas contra seus integrantes. Ninguém vai reagir? A "oposição" novamente incorre no erro de subestimar Dilma e seus mentores stalinistas, ao alegar que ela baixou um pacote requentado. Na verdade, o pacotaço é fresquinho em sua ação autoritária que tira poder do sistema judiciário.

A Lei da Mordaça é pintinho magro perto disso que a Dilma proclamou ontem. O Decreto Anticorrupção legitima a raposa fiscalizando o galinheiro. A Controladoria Geral da União não é órgão do judiciário, nem do Ministério Público. Não é independente. É vinculado diretamente à Presidência da República. "Competência exclusiva da CGU" para blindar ladrão torna o cargo valiosíssimo. Muitas raposas se matarão para gerenciar o galinheiro.

Dilma oficializou a bandalheira em apenas uma canetada no Diário Oficial da União. Novamente, a "oposição" não entendeu nada... Ela parece morta, mas não está. Continua matando a pau a segurança do Direito no Brasil. Dilma amputou as mãos e as pernas do sistema judiciário brasileiro. O Executivo continua dando as cartadas na guerra entre os poderes na República Sindicalista de Bruzundanga. Ninguém no Judiciário e no MP vai reagir?

O Executivo, em conluio com o Legislativo, armou esse golpe jurídico. O Congresso, acuado pela Lava Jato, vai aprovar o pacotão sem maiores dificuldades, apesar do jogo de cena. A "oposição", que erra no alvo da crítica, amargará mais uma derrota. O desgoverno descobriu que dar um golpe institucional é a forma mais fácil de sobreviver às pressões das ruas - que desmoralizam, também, a corrupta classe política. É desta forma cínica que Dilma promete construir uma nova cultura de moralidade pública no Brasil.

Espertamente, a CGU já vem se antecipando ao judiciário e abrindo processos contra empresas enroladas na Lava Jato. Elas terão de fechar acordos para seguirem fornecendo ou trabalhando com o governo. A regra será simples: reconhece-se o crime, pede perdão, paga uma multa e continua no mesmo jogo, com outra maquiagem. Eis o drible da vaca tossindo na corrupção... Certamente, foi Luis Inácio Adams, Advogado-Geral da União, e futuro ministro do STF, quem articulou todo o pacotão.

No seu discurso de lançamento do pacotão, Dilma matou os brasileiros sérios de tanto rir. Teve a coragem de proclamar que o trabalho de fortalecimento das instituições e leis para o combate efetivo da corrupção começou em 2003, no primeiro ano do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mesmo Lula que botou a turma dele na Petrobras e em outras estatais alvos de corruptos. O mesmo Lula em cujo governo explodiu o escândalo do Mensalão.

Dilma lançou sete medidas - que, a um olhar menos atento, poderiam parecem bem intencionadas. Delas, o inferno está cheio. Algumas das medidas são perfeitas para um sistema modelo "Gestapo" - dando mais força para a máquina estatal triturar seus inimigos. Dilma prometeu enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevendo o confisco de bens não comprovados. Será que ela pretende aplicar tal lei contra os mandarins de seu partido, seus familiares e conhecidos laranjas?

Tem mais stalinismo para a gestapo petralha: Dilma também pediu urgência para um projeto que já tramita no Congresso prevendo a alienação antecipada de bens apreendidos e a venda em leilão dos mesmos antes do fim do julgamento do caso. Onde fica o tal princípio do "transitado em julgado"? O governo vai impor a culpa a alguém antes do veredito final? Por acaso, isto é Justiça? Ou é "justiçamento falso moralista"?

Dilma também joga para a plateia com o pacotão anticorrupção. Por isso, solicitou a extensão dos critérios da Lei da Ficha Limpa para funcionários públicos em cargos de confiança; a regulamentação da Lei Anticorrupção, que penaliza empresas corruptoras, e a criação de um grupo de trabalho de juristas e outros setores para a elaboração de propostas que agilizem o julgamento de processos que tratam de corrupção na Justiça.

Outra grande piada da Dilma é criminalizar, violentamente, o caixa dois. Fazer isto, sem uma profunda reforma tributária, é o mesmo que revogar a Lei da Gravidade no Planeta Terra. A sonegação é alta porque o sistema é ladrão e impostor. Da mesma forma, é demagógica a legislação que pretende punir o enriquecimento ilícito de funcionários. De que adianta haver lei para punir, se a máquina governamental não bota a Receita Federal para cumprir tal papel? Ou, mais grave ainda, quando solta o Leão é para promover o rigor seletivo contra adversários e inimigos, poupando os ladrões aliados?

O Troco a caminho

Juristas de oposição ao governo prometem um troco ao stalinista e demagógico pacotão anticorrupção de Dilma.

Eles estudam uma medida judicial perante os tribunais para extinção do PT, considerando que a sigla partidária fora utilizada para graves cometimentos de delitos, não apenas do mensalão, mas recebimento de doações ilícitas e ilegais de empreiteiras que buscavam fazer o repasse por meio do dinheiro público da Petrobras e outras estatais.

O grupo que estudou o assunto com base nas legislações em vigor, e na lei anticorrupção, acredita no sucesso da medida que pode abalar o poder nazicomunopetralha.

Coerência fabricada


Foram demagogia pura as palavras de Dilma no discurso de lançamento do pacotão anticorrupção:

"Não somos mais o país que alardeava que éramos um povo que gostava de levar vantagem em tudo. Temos que nos afastar dessa visão utilitarista das relações sociais. Temos quer criar uma nova moralidade pública republicana, democrática igualitária nos direitos civis. Sei que é um trabalho de mais de uma geração, mas temos o orgulho de ter começado. Eu quero pelo menos ter o orgulho de ser a presidenta que deu os primeiros passos de forma mais efetiva para a construção desse processo".

"Nós estamos purgando hoje males que carregamos há séculos. Assim como a mancha cruel da escravidão ainda deixa marcas profundas na desigualdade social do nosso país, o sistema patrimonialista de Poder que transformou o privado no mecanismo de controle do público nos deixou uma herança nefasta de mal uso do dinheiro público ainda é um traço da nossa característica e que o moderno exige que seja superado. A hora de o Brasil dar um basta a esses crimes que ainda teimam em corroer as nossas entranhas chegou".

Dilma anticorrupção


Crise Hídrica

Nesta quinta-feira, às 9h, na sala 311 do Palácio Tiradentes (Rua 1o. de Março, S/No. - Centro, Rio de janeiro) ocorrerá o depoimento do ex-presidente da CEDAE (Wagner Victer) e do atual pres. da CEDAE (Jorge Briard), na CPI da Crise Hídrica da ALERJ.

Segundo o ecologista Sérgio Ricardo, ex-membro do Comitê de Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara, “o Brasil, e em especial o Rio de Janeiro, está vivenciando uma convergência de crises: “crise” hídrica, crise energética, crise econômica, em função da opção equivocada de expandir um modelo de desenvolvimento baseado nos mega-empreendimentos industriais e imobiliários que são grandes consumidores de recursos naturais como água e energia. Além da atual estiagem prolongada que já dura 2 anos, os problemas de escassez hídrica se intensificaram devido ao fato do governo estadual ter concedido incentivos fiscais bilionários (estimados em mais de R$ 12 bilhões) para atrair empreendimentos hidro-energo intensivos. Isso pode levar em breve a um colapso hídrico já que o período de maio a novembro é tradicionalmente um período seco, sem chuvas fortes, e, de antemão, neste período crítico, este ano os reservatórios estarão já em volume morto.”

O gestor ambiental afirma ainda que: “nos últimos anos, o governo do estado optou por priorizar o uso industrial da água ao invés de atender as demandas e necessidades da população, em especial os mais pobres e que vivem nas periferias urbanas onde independente de eventuais situações de estiagem (seca) costuma faltar água no cotidiano, como é o caso de cidades populosas da Baixada Fluminense, de São Gonçalo e dos bairros das zonas Norte e Oeste do Rio.”

Mídia em busca da verba perdida

Comisário Berzoini vem para quebrar a banca midiática...

Pode processar...

O irado Eduardo Cunha, prometeu que a presidência da Câmara irá entrar com uma ação contra Cid Gomes:

"Não vou admitir que alguém que seja representante do poder Executivo, agrida não só essa casa, como ainda volte aqui e reafirme as ofensas".

O peemedebista também afirmou que irá pedir a abertura de um processo contra o ex-ministro  da Educação, em seu nome...

Tudo para os petistas

Humor ultra-radical que circula na internet:

Um sujeito vestindo uma camiseta vermelha do PT entrou em uma loja de armas e perguntou para o vendedor:

- Qual é o preço de um trinta e oito?

- Não estamos vendendo esse revolver!

- Então, qual é o preço daquela pistola 9 milímetros da vitrine?

-Também não está à venda!

- E aquela  escopeta calibre 12 da prateleira?

- Ela também não está à venda.

- Tô achando que o senhor não quer vender nada pra mim por que sou Petista...

- Pois é isso mesmo! Vá procurar sua turma. E reclame com o general Stédile...

O Petista sai da loja espumando de raiva.

No dia seguinte ele vai procurar o advogado, conta a história para o "doutor" e pede que ele tome alguma providência.

Tentando resolver o problema pacificamente, o advogado vai até a loja e pergunta ao vendedor:

- Bom dia, meu amigo. Eu gostaria de saber se você tem alguma coisa contra Petistas?

-Temos tudo o que o senhor precisar!  Revólver, pistola, metralhadora, bazuca e, se precisar, consigo granadas e lança-chamas...

Moça petista combatendo a corrupção


Publicado originalmente no site Alerta Total