quarta-feira, 29 de abril de 2015

Fora do balanço: Dilma deu outros R$ 10 bi de prejuízo à Petrobras



A conta do rombo na Petrobras e da má-gestão praticada pelo governo não para de crescer. Muita coisa ficou fora do balanço apresentado pela estatal. A CPI da Petrobras descobriu mais um rombo de 10 bilhões de reais. O prejuízo foi causado pela decisão da presidente de fazer um congelamento artificial no preço da gasolina nos últimos anos.

PT diz que recebeu com indignação carta de desfiliação de Marta Suplicy


O PT divulgou hoje (28) nota dizendo que recebeu com “indignação” a carta da senadora Marta Suplicy (SP), que oficializou nesta terça-feira sua saída do partido. Segundo o texto, as razões da saída da senadora se devem à “ambição eleitoral e a um personalismo desmedido”.

 “O PT recebe com indignação a carta da senadora Marta Suplicy oficializando sua desfiliação do PT. Apesar dos motivos enunciados, entendemos que as razões reais da saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um personalismo desmedido, que não pôde mais ser satisfeito dentro de nossas fileiras. Por isso, resolveu buscar espaços em outros partidos”, diz a nota.

No texto – assinado pelo presidente do PT, Rui Falcão, e pelos presidentes dos diretórios estadual e municipal de São Paulo, Emidio de Souza e Paulo Fiorilo – o partido afirma que nunca cerceou atividades partidárias ou parlamentares da senadora e destaca que Marta foi prestigiada pela militância e pela direção da legenda, sendo eleita deputada federal, prefeita, senadora e duas vezes nomeada ministra.

“Lamentavelmente, a senadora retribui, com falta de ética e acusações infundadas, a confiança que o PT lhe conferiu ao longo dos anos. Ao renegar a própria história e desonrar o mandato, Marta Suplicy desrespeita a militância que sempre a apoiou e destila ódio por não ter sido indicada candidata à prefeitura de São Paulo em 2012”, diz a nota.


No texto, o partido critica ainda a falta de coerência da senadora e diz que ela age de forma oportunista. “Finalmente, é triste ver que a senadora jogue fora a coerência cultivada como militante do PT e passe a se alinhar, de forma oportunista, com aqueles que sempre combateu e que sempre a atacaram.”

APEOESP - Mero Aparelho do PT

Por Reinaldo Azevedo


Notas sobre uma nota da CNBB

Por Dante Mantovani 

Quem vai na contramão da segurança e do combate à violência é a própria CNBB, que é contra também a doutrina moral e social da própria Igreja Católica, ao dar voz, apoio e amparo institucional a um projeto de poder totalitário, assassino, cleptocrata , e o pior de tudo, anticristão, que é o projeto de poder do Foro de São Paulo, cujo tentáculo brasileiro mais vistoso é PT.
A nota emitida pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) em 21 de Abril de 2015, ao término da 53. Assembléia Geral da CNBB, a despeito de usar muitas vezes a palavra “equívoco”, é ela própria um equívoco, do início ao fim, no que faz jus à origem etimológica do termo: escolha errada.

A começar pela citação bíblica, o único ponto de veracidade do texto que deve ser seguido à risca: “Entre vós não deve ser assim” (Mc 10, 43). De fato, não se deve levar a sério o texto publicado pela antiga cúpula da entidade que encabeça o projeto de reforma política que visa dar amplos, ilimitados e eternos poderes ao PT/Foro de São Paulo.

Já no início da nota, os subscritores Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB; Dom José Belisário da Silva, OFM Arcebispo de São Luís do Maranhão e Vice-Presidente da CNBB e Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário Geral da CNBB, deixam transparecer certa apreensão com a realidade brasileira, o que na verdade é a apreensão deles mesmos com situação do partido para o qual trabalham descaradamente, o PT, que está na berlinda e encurralado entre a gigantesca oposição que as ruas lhe tem feito e uma crescente onda de novos intelectuais não alinhados à esquerda que os tem desmascarado de maneira contumaz e sistemática.



A nota fala em “ameaça às conquistas a partir da Constituição Cidadã”, do que se pode entender que a verdadeira ameaça é a perda da hegemonia do esquema de poder do Foro de São Paulo, que começa a ruir no Brasil, que, por sua vez, é seu grande financiador. 


Os subscritores falam ainda em “risco à ordem democrática do País”. Ora, de qual ordem democrática eles falam? Acaso os prelados não estão informados das fraudes nas eleições de 2014 organizadas pela Smartmatic, que já foram amplamente denunciadas diante de jornalistas do mundo inteiro? Somente no Brasil não se fica sabendo de nada, porque aqui a mídia é totalmente comprometida com as subvenções estatais que garantem seu pleno alinhamento aos ditames do Foro de São Paulo.

A corrupção que a CNBB supostamente critica foi praticada em níveis nunca d ´antes vistos nesta terra - exatamente pelo partido que a entidade gerou, embalou e continua vergonhosamente a defender ainda hoje. E essa corrupção não tem a destinação de enriquecimento de seus operadores: visa financiar o esquema comunista mundial, o que é facilmente demonstrado pelos empréstimos secretos que o (dês)governo federal tem feito a ditaduras comunistas genocidas, como a de Cuba, por exemplo. Em seguida, a pérola: "O momento não é de acirrar ânimos, nem de assumir posições revanchistas ou de ódio que desconsiderem a política como defesa e promoção do bem comum".

Para quem não está acostumado com o modo de agir fraudulento de agentes comunistas, é sempre prudente lembrar a essência do modus operandi esquerdista, ditado por Lênin: “acuse-os do que fazes, chame-os daquilo que és”. Ora, a única chance que o PT tem de manter-se no poder é exatamente por meio de acirrar os ânimos, notadamente os de sua milícia para-militar comandada por João Pedro Stédile, que tem todo apoio da CNBB, e que dirige essa milícia armada e inimputável diante da lei brasileira, o MST, que pode fazer o que bem entende sem responsabilização civil nem penal. O Sr. Lula da Silva, um dos fundadores do Foro de São Paulo, em fevereiro deste ano, já conclamou este seu particular exército vermelho à defesa do projeto de poder do qual ele é o chefe no Brasil: o projeto do Foro de São Paulo. Já as aludidas “posições revanchistas”, na verdade são as adotadas pelo próprio PT-CNBB: contra os militares, contra a democracia, contra eleições limpas, contra a própria doutrina da Igreja Católica, conforme fica evidente em trechos subsequentes desta própria nota que estamos comentando.

Já o uso da palavra “ódio” é muito revelador: revela um truque sujo para atribuir a um adversário inventado uma prévia desqualificação. Qualquer alegação em contrário aos planos comunistas de PT-CNBB é previamente rotulado de “discurso de ódio”, dirige-se a inimigos inventados e revela a total inversão da realidade, pois são eles mesmos – a seguirem o conselho de Lênin – os maiores instigadores do ódio: ódio entre as classes sociais, ódio no campo, ódio entre raças, ódio entre os sexos, ódio entre hetero e homossexuais, ódio entre negros e brancos. O verdadeiro discurso de ódio é da claque esquerdista para quem trabalha a CNBB, aparelhando a mais Sagrada das instituições a finalidades as mais espúrias que se possa imaginar.


Veja-se, por exemplo, o teor neo-paganista, internacionalista e novo-ordista destas declarações: “Projetos, como os que são implantados na Amazônia, afrontam sua população, por não ouvi-la e por favorecer o desmatamento e a degradação do meio ambiente”. Note-se aqui:


1-)Não se falou quais são esses projetos, o que torna o discurso, além de lero-lero propositadamente vago e impreciso, uma prévia proibição a que se pense a ocupação do solo amazônico pelas multidões de despossuídos que há no Brasil, o que demonstra, inclusive, que a CNBB quer que o povo brasileiro permaneça para sempre na miséria.

2-)como pode um projeto inexistente “afrontar” a população? Qual população? Qual o nome, RG , endereço dos afrontados? Percebe-se aqui o flatus vocis, o charlatanismo verbal de quem usa palavras de efeito absolutamente desprovidas de conteúdo e significado, destinadas a despertar uma tomada de posição em prol do projeto anti-brasileiro, novo-ordista e neo-paganista em curso. Dentro do próprio texto divulgado pela CNBB, a entidade confessa que trabalha mesmo é para os maiores inimigos do cristianismo na atualidade.

Na sequência, a nota destila veneno contra os projetos de terceirização em trâmite no Congresso Nacional, como se fossem retirar “direitos sociais”, porém estes são uma impossibilidade, visto que direitos somente podem ser exercidos por indivíduos. Ao falar em “direitos sociais”, a nota da CNBB nega a própria doutrina do livre-arbítrio, pois somente uma decisão livre e soberana do indivíduo pode ativar o exercício de um direito, porque caso contrário tratar-se-ia de mera imposição exterior.

Além do mais, a crise que eles fingem querer ajudar a superar, foi gerada pelo partido que eles sempre apoiaram, o que é, no mínimo, uma postura absolutamente hipócrita e incoerente por parte da CNBB.

A nota não para por aí. Argumenta ainda que a praga da sociedade é a corrupção. Para não repetir que eles ajudaram a criar o maior corruptor da história do Brasil, o PT, de acordo com o próprio magistério da Igreja, a inversão de prioridades é gritante. A vida é o grande bem dado por Deus ao homem, e maior ainda a salvação das almas dos homens nascidos. A CNBB, contudo, nada pronuncia contra a prática do aborto, que é o assassinato de crianças no ventre materno, sem direito de defesa, e sem direito a um batismo cristão, ou seja, a horrenda prática nega não só a vida ao nascituro, mas também a própria possibilidade de salvação de sua alma. Ao não condenar as práticas abortistas do governo que apoia, a CNBB é cúmplice dos que trabalham pela implantação do aborto. É de se duvidar até mesmo que esta ONG esquerdista seja composta por pessoas cristãs, que omitem sobre assunto muito mais grave do que o desvio de dinheiro público.

Nenhuma palavra há na nota da CNBB, igualmente, contra o homicídio de parcelas significativas da população brasileira pelos associados ao narcotráfico internacional, tão defendidos pelo PT e pela própria CNBB, através de sua “pastoral carcerária”, que este ano entrou com pedido no STF para solicitar ao seu presidente, o petista Ricardo Lewandowsy, a libertação de mais de 24 mil presos. Se algum desses 24 mil “coitadinhos” matar alguém, de quem será a responsabilidade?

Na sequência, a nota diz ainda que a PEC 215/2000 é uma afronta à luta histórica dos povos indígenas “que até hoje não receberam reparação das injustiças que sofreram desde a colonização do Brasil”, ou seja, criticam a própria Igreja que dizem representar, que foi a grande responsável pela catequização dos indígenas e por sua cristianização, assim como pelo descobrimento do Brasil.

A CNBB quer dar mais terras aos índios, mais bens materiais, mas não profere uma só palavra sobre iniciativas que levem o Evangelho a esses povos. Nenhuma preocupação com a salvação das almas dos índios, apenas em engordar suas contas bancárias. Nenhuma preocupação também com o povo brasileiro, cristão em sua imensa maioria. Nenhuma preocupação em dar terra ao povo pobre e cristão, pois se não for índio nem integrante do grupo terrorista do MST, não merece ganhar terra, de acordo com o pensamento cenebebista. Esta seletividade diz muito sobre o verdadeiro “mestre” a quem serve a CNBB.

A completa subserviência ao projeto petista de poder não para por aí, pois a nota se posiciona contrariamente também à PEC 171/1993, que propõe a redução da maioridade penal, com o fulminante argumento de que ela “não é solução para a violência que grassa no Brasil”. De fato, não é. A extinção da CNBB seria uma solução melhor, pois ela apoia a libertação de bandidos encarcerados que já mataram, roubaram, estupraram e traficaram drogas, além de apoiar a instalação de uma ditadura comunista que consiste em todo lugar em que foi implantada num verdadeiro morticínio de inocentes. Além de que os “soldados do crime” do PCC são um verdadeiro contingente em prol do caos e da desordem tão apregoados pelos políticos de esquerda, que são tão docilmente apoiados pela CNBB.

Mas vejam a solução que a CNBB aponta: “Investir em educação de qualidade e em políticas públicas para a juventude e para a família(...)” . Que tipo de educação? Uma educação cristã? Que tipo de política, uma política que favoreça a pregação do Evangelho de Jesus Cristo? Porque a CNBB tem tanto medo de mencionar o nome Daquele a quem diz servir? Fica evidente que para essa entidade, CRISTO não é a solução para problema algum, somente o aumento do poder da esquerda continental é que pode ser, para eles, a salvação da humanidade.

Claro que não poderia faltar nesta nota - que muito bem poderia ter sido escrita por qualquer dirigente petista ou socialista - um posicionamento contrário ao Direito Natural à livre defesa.

A nota da CNBB diz que “o projeto de lei 3722/2012, que altera o estatuto do desarmamento, é outra matéria que vai na contramão da segurança e do combate à violência”. Esse argumento é uma perfeita inversão da realidade.

Em três pontos.

1-)a doutrina da Igreja Católica é base do Direito Natural, cujo cujos princípios básicos são : a-)defesa da vida e da família b-)defesa da liberdade; c-)defesa da propriedade. Ora, em um país onde grassa a impunidade, a violência e a depravação moral, como se poderá defender qualquer desses direitos naturais, derivados da própria moral da Igreja, sem a possibilidade do acesso às armas de fogo?

2-)Como a CNBB explicaria, então, o fato estatisticamente comprovado de que em TODOS OS lugares do mundo onde as armas de fogo foram liberadas para os cidadãos de bem, os índices de violência diminuíram drasticamente, inclusive – e principalmente - se comparados com países onde as armas são proibidas aos cidadãos idôneos.

3-) Uma entidade que se diz cristã, não pode defender o genocídio do povo de seu próprio país. Ora, todo governo que desarmou a população civil, logo na sequência praticou contra seu próprio povo o democídio e genocídio. Um milhão e meio de mártires cristãos armênios são prova disso, assim como os milhões de mortos na Alemanha Nazista, na União Soviética e na China de Mao-Tsé-Tung. O império turco-otomano, a Alemanha Nazista, a URSS e a China de Mao também eram contrários ao armamento da população civil, exatamente como a CNBB.

Portanto, é evidente que quem vai na contramão da segurança e do combate à violência é a própria CNBB, que é contra também a doutrina moral e social da própria Igreja Católica, ao dar voz, apoio e amparo institucional a um projeto de poder totalitário, assassino, cleptocrata , e o pior de tudo, anti-cristão, que é o projeto de poder do Foro de São Paulo, cujo tentáculo brasileiro mais vistoso é PT, que é um de seus fundadores, subscritores e em cujas atas de fundação declara apoio explícito ao comunismo.

Somente no penúltimo parágrafo da nota da CNBB é que aparece uma quase envergonhada menção a Cristo, “medida de nossa conduta moral” – o que é falso, e soa como um disfarce, para não dar muito na cara que a CNBB trabalha mesmo é para o reino de César. Um César redivivo, totalitário e totalmente comunista.

Não é a primeira vez na história que a Igreja está povoada desde dentro pelos inimigos que mais a querem destruir, pois conforme demonstra Richard Wurmbrand , em seu livro Marx and Satan, o marxismo é um verdadeiro projeto satânico, que visa não apenas destruir a humanidade, mas até mesmo a Deus. 

A CNBB, infelizmente, com esta nota abertamente pró-comunista e anti-cristã, escolhe mais uma vez apoiar os maiores e mais declarados inimigos da Igreja de todos os tempos e eras: os comunistas. O assunto não é irrelevante, vejam-se as consequências de tal prática para os cristãos: em acordo com o decreto do Papa Pio XII, de 1949, Decretum Contra Communismum, confirmado por São João XXIII, e que está em pleno vigor, quem apoiar o comunismo, usando para isso a estrutura ou a hierarquia da Igreja, está excomungado automaticamente, sem necessidade de sentença.


Decreto do Santo Ofício de 1949:

Q. 1 Utrum licitum sit, partibus communistarum nomen dare vel eisdem favorem praestare.

[Acaso é lícito dar o nome ou prestar favor aos partidos comunistas?]

R. Negative: Communismum enim est materialisticus et antichristianus; communistarum autem duces, etsi verbis quandoque profitentur se religionem non oppugnare, se tamen, sive doctrina sive actione, Deo veraeque religioni et Ecclesia Christi sere infensos esse ostendunt.

Q. 2 Utrum licitum sit edere, propagare vel legere libros, periodica, diaria vel folia, qual doctrine vel actioni communistarum patrocinantur, vel in eis scribere.

[Acaso é lícito publicar, propagar ou ler livros, diários ou folhas que defendam a ação ou a doutrina dos comunistas, ou escrever nelas?]

R. Negative: Prohibentur enim ipso iure

Q. 3 Utrum Christifideles, qui actus, de quibus in n.1 et 2, scienter et libere posuerint, ad sacramenta admitti possint.

[Se os cristãos que realizarem conscientemente e livremente, as ações conforme os n°s 1 e 2 podem ser admitidos aos sacramentos?]

R. Negative, secundum ordinaria principia de sacramentis denegandis iis, Qui non sunt dispositi

Q. 4 Utrum Christifideles, Qui communistarum doctrinam materialisticam et anti Christianam profitentur, et in primis, Qui eam defendunt vel propagant, ipso facto, tamquan apostatae a fide catholica, incurrant in excommunicationem speciali modo Sedi Apostolicae reservatam.

[Se os fiéis de Cristo, que declaram abertamente a doutrina materialista e anticristã dos comunistas, e, principalmente, a defendam ou a propagam, "ipso facto" caem em excomunhão ("speciali modo") reservada à Sé Apostólica?]

R. Affirmative.




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Dante Mantovani é doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina, apresentador do programa Música Universal na Rádio Vox e aluno do Seminário de Filosofia do prof. Olavo de Carvalho.

O ministro do STF contra a família



O provável novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, é dono de teses pitorescas que dialogam contra a família brasileira. Saiba quais são no 'Aqui entre nós' com Joice Hasselmann e Reinaldo Azevedo. Os colunistas de VEJA também comentam sobre os patrimônios suspeitíssimos de Lula e Lulinha.

A Democracia Sitiada

Por Milton Pires

Petistas merecem ser presos pelo simples fato de serem petistas.” Vou repetir: “petistas merecem ser presos pelo simples fato de serem petistas.” Não é fácil escrever isso, não é fácil acreditar nisso e é, mais difícil ainda, acreditar que uma frase assim possa ser verdadeira. Escrever algo assim significa, afinal de contas, o abandono da presunção da inocência, a negação do direito ao devido processo...enfim: a instituição do próprio Estado Policial e da Ditadura.

Quando pensei nessa frase, não pude deixar de me lembrar de uma das cenas finais de um filme de 1998 que sempre me impressionou muito e que se chama “Nova York Sitiada”. O título correto em inglês é simplesmente “The Siege”. Em Portugal recebeu uma tradução melhor: “Estado de Sítio”. Depois que o exército assume o controle total da cidade com o objetivo de encontrar terroristas, trava-se uma violenta discussão entre o general William Deveraux (Bruce Willis) e o agente do FBI Anthony Hubbard (Denzel Washington) em função das arbitrariedades e das barbaridades cometidas pelo Exército. Argumenta o general que tudo aquilo era necessário para que o “terror não tivesse vencido” e o sujeito do FBI responde: “pois é general, será que eles JÁ não venceram? Será que não era isso (colocar pessoas presas em estádios de futebol) que eles queriam???

Deixo agora o filme de lado para recordar um outro fato marcante do passado recente. Um famoso filósofo brasileiro, numa crítica ao Programa Mais Médicos, afirmou que esses eram os “novos judeus do PT” e alguém escreveu na internet que isso tratava-se de uma “jogada ensaiada”..de uma bola “levantada na área” para que judeus se mostrassem indignados com a comparação e o PT saísse, dessa acusação, mais forte. Observem o seguinte: tanto no caso do filme quanto no caso filósofo a crítica é: não podemos nos “adiantar”….nós não podemos “pressupor”...não podemos, combatendo o terror, fazer aquilo que ele, terror, quer prendendo todas as pessoas nos estádios e não podemos, de maneira alguma, acreditar que o PT traz uma ideologia que seja comparável, do ponto de vista moral, ao nazismo.

Colocado de uma maneira mais resumida e, talvez, mais acadêmica: não estamos autorizados a tirar lições da História, a nos basearmos em eventos anteriores, para tomarmos atitudes que afrontam as liberdades fundamentais, as garantias individuais e a própria base do Estado de Direito. Não podemos, diria eu, tampouco fazer comparações entre um regime que, de fato, construiu um genocídio na Europa, e um partido político latino-americano eleito democraticamente, não é?? Nós não podemos, maquiavelicamente, afirmar que “os fins justificam os meios.” É isso? Muito bem, então vamos adiante:

Tenho testemunhado discussões violentas nas redes sociais cujo tema é sempre o mesmo: “Nós não podemos, no desespero de derrubar o PT do Poder, agir como eles mesmos – os petistas – já que, se assim o fizermos, estamos jogando a água da banheira fora mas com o bebê (Democracia) dentro”. Gosto muito dessa comparação mas agora vou, eu mesmo, fazer o papel do agente do FBI na discussão com o General Deveraux e perguntar a todos vocês: E se o PT já venceu?? E se a Democracia já se foi??? Alguém há que esteja disposto a discutir isso comigo? Só leio pessoas que escrevem: “a liberdade de imprensa ainda está garantida, os poderes ainda são independentes”…

As pessoas me dizem: “com todas as imperfeições, ainda é uma democracia”. Será mesmo? Enquanto as pessoas não forem colocadas em gulags tropicais, enquanto a Rede Globo não for estatizada, enquanto não houver cadernetas de racionamento e a religião não for proibida é uma democracia?? É esse o conceito de democracia?? Qual (pergunto eu em desespero para não me tornar uma pessoa que defende a prisão de petistas sem motivo) deve ser o fato histórico que venha a nos provar a natureza do PT ? O que pode, ainda, o PT fazer para nos provar que não estamos mais numa democracia?

Por que podemos colocar pessoas que raspam a cabeça e andam com a camisetas estampadas com suásticas na cadeia? Porque apologia ao nazismo é crime, respondo eu mesmo. E apologia ao comunismo? Aí não é?? Nós precisaremos viver um holocausto no Brasil para que só depois, legalmente, sejamos autorizados a colocar petistas e comunistas na cadeia? É isso ? O partido escreve que ele, partido, está em “tempos de guerra” e isso não é suficiente?

Este texto foi escrito para mostrar que não existe, entre aqueles que querem derrubar o PT, consenso sobre aquilo que esse partido representa, ele mesmo, em termos de ruptura com a ordem institucional e com as liberdades individuais que tantos temem perder numa intervenção militar. Não é, em hipótese alguma, uma defesa da intervenção. Se fosse, eu o deixaria claro desde o início. Trata-se apenas de um convite à reflexão no sentido de saber se, afinal de contas, vivemos ou não, ainda, numa “democracia”.

O que é “democracia”? Quais são seus fundamentos? Quando ela está ameaçada? Quando ela deixa de existir e – talvez mais importante do que qualquer pergunta – o que estamos (em função da experiência histórica) autorizados a fazer do ponto de vista moral para preservá-la? Todas estas perguntas eu garanto a vocês que o PT já respondeu; quem quer derrubar o PT, não - prova mais do que suficiente para concluirmos: se é verdade que vivemos numa democracia, ela é uma Democracia Sitiada.


Fonte: Alerta Total


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Milton Simon Pires é Médico.

terça-feira, 28 de abril de 2015

LULA CALA SOBRE SÍTIO LUXUOSO QUE A OAS REFORMOU A PESO DE OURO PARA A FAMÍLIA SILVA


Ao lado, foto aérea do sítio de Lula. Na montagem, o ex-presidente da OAS conta como pagou tudo em dinheiro vivo

Até o meio da manhã desta segunda-feira, Lula e o seu Instituto Lula, nada falaram sobre a reportagem de capa da revista Veja, que mostra as fotos e as condições de compra e de reforma do luxuosíssimo sítio que o ex-presidente tem em nome de laranjas no município de Atibaia.

O material de Veja está nas memórias do cárcere que são elaboradas pelo ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro. Ele está preso há meio ano em Curitiba, envolvido no escândalo do Lava Jato.

O sítio Santa Bárbara foi visitado pela reportagem de Veja, que usou helicóptero para fotografá-la. São 150 mil m2.  Veja ouviu arquitetos, engenheiros e até operários que reformaram tudo. Eles informaram que chegavam a ganhar duas a três vezes mais, porém com o compromisso de apressar as obras. Foram três turnos por dia. Os pagamentos eram feitos pela OAS em dinheiro vivo.

Os nomes conseguidos por Veja estão com sobrenome.

Lula costuma passar os fins de semana no imóvel, equipado com piscina, churrasqueira, campo de futebol e até lago artificial para Lula pescar.

Em 2010, antes de sair do governo, o ex-presidnte pediu a Leo Pinheiro uma ampla reforma no local.

A propriedade foi adquirida em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, este sócio de Fábio Luís da Silva, filho de Lula, que mora num apartamento de R$ 6 milhões que o laranja "possui" numa das áreas mais luxuosas de São Paulo. Fernando e Jonas compraram o sitio em agosto de 2010, quatro meses antes do término do mandato de Lula.

O sítio de Atibaia já era conhecido por amigos íntimos da família do ex-presidente, mas os detalhes da compra e reforma da propriedade foram fornecidos para a revista Veja pelo ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, que está preso há meio ano em Curitiba.

Leo Pinheiro repete o jogo feito por Ricardo Pessoa, dono da UTC, que também adiantou trechos do que diria para o MPF em delação premiada.

Ambos visam chantagear Lula, o PT e o governo e seus aliados, para que pressionem o ministro Teori Zavascki, STF, visando libertá-los do jugo do severo juiz Sérgio Moro.

As promessas levadas ao cárcere pelos advogados dos réus é de que isto acontecerá.

Estas promessas estão contendo Ricardo Pessoa e Leo Pinheiro, mas ambos já causaram estragos monumentais ao PT, para Lula e para o governo Dilma, que não sabem mais o que fazer, a não ser pressionar Teori Zavascki.

“Buzinaço” pelo impeachment de Dilma faz Michel Temer deixar feira agrícola sem discursar


michel_temer_24Vexame oficial – Um grupo de cerca de 50 manifestantes fez o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), deixar a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, logo após a cerimônia de abertura, sem fazer discurso ou mesmo conceder entrevista aos jornalistas.

Antes do constrangedor episódio, a organização do evento previa um pronunciamento de Temer, entretanto, no local onde ocorreria o discurso, os manifestantes fizeram um ruidoso “buzinaço” pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff e também do vice-presidente.

Vale ressaltar que a própria cerimônia de abertura da feira foi prejudicada pela manifestação, não sendo possível que nenhuma das autoridades presentes no evento fizesse qualquer tipo de pronunciamento.

Além de Temer, estavam presente os ministros da Agricultura, Kátia Abreu, e de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) – estes dois últimos foram aplaudidos. Apesar dos protestos, não houve qualquer incidente durante a feira.

Em relação ao exigido pedido de impeachment, faz-se necessário esclarecer que o eventual impedimento de Dilma não se estende a Michel Temer, que nesse acaso assume o Poder Executivo em substituição à presidente da República.

A saída de Temer, em concomitância à da presidente da República, só se dá em duas condições: se o vice também for alvo de pedido de impeachment, com fato determinado devidamente comprovado, cabendo ao Congresso Nacional decidir sobre o tema, ou no caso de cassação do registro da candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral. Do contrário, o vice continua sendo o primeiro na lisa sucessória do chefe da nação.

O pavor de Dilma em relação aos “buzinaços” tornou-se tão grande, que a presidente, por orientação de assessores e do próprio Lula, analisa a possibilidade de não fazer pronunciamento oficial na próxima sexta-feira, 1º de maio, quando se comemora o Dia do Trabalhador.

Para alguém que integra do PT, essa decisão, se confirmada, será uma prova de que a crise de credibilidade da petista é muito maior do que se imaginava. Fosse o Brasil um país que adota o impeachment clássico, Dilma já teria se tornado alvo de um processo de impedimento por não mais gozar da confiança da população. 

(Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)

Decisão do Cade contra Gemini mexe com Dilma por responsabilidade no Consórcio Petrobras/White Martins

 
Na semana em que a "rainha" Dilma Rousseff aguarda que juristas e a oposição peçam seu impeachment (quarta-feira, dia 29), um fato de pouca repercussão midiática causa grande dor da cabeça pessoal à Presidenta. A recente decisão do Cade, que afeta a parceria entre a Petrobras e a White Martins no consórcio Gemini, aceitando uma bronca de Comgás, tem tudo para causar prejuízos judiciais a Dilma - caso o assunto se transforme em mais um pedaço da ação judicial movida por investidores, lesados nos EUA, contra a Petrobras.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) adotou medida preventiva para determinar cautelarmente a cessação de possível tratamento discriminatório no fornecimento de gás pela Petrobras à Gemini (hoje chamada de GasLocal)– sociedade da Petrobras (40%) com a White Martins (60%) cujo objetivo é produzir e comercializar o Gás Natural Liquefeito (GNL). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira passada (24/04). A White Martins é controlada pela Praxair, dos EUA.

O Cade tomou a decisão de adotar citada medida preventiva atendendo a um pedido da Comgás, que alega estar sendo prejudicada pelo fato de a Petrobras estar subsidiando o Gás Natural para a Gemini. A Gemini, arquitetada em 2003 – época em que Dilma Rousseff acumulava as funções de Ministra de Minas e Energia e Presidente do Conselho de Administração da Petrobras – é velha conhecida dos leitores do Alerta Total, que, entre outras coisas, publicou duas séries de artigos da maior gravidade: “Dossiê Gemini” e “O caso Geminigate”. Deste caso, Dilma sabia de tudo, porque recebeu todos os documentos protocolados, oficialmente, na Petrobras e no Palácio do Planalto.

Conforme consta do Acordo de Quotistas da Gemini firmado em 29 de janeiro de 2004, a Gemini contratou sua sócia-majoritária para a prestação de todos os serviços necessários a liquefazer o Gás Natural recebido da Petrobras e transportá-lo até as instalações dos clientes. Assim, a Petrobras não só se submeteu a ser sócia minoritária como também se limitou a ser coadjuvante no sistema, uma simples fornecedora da matéria prima.

Acontece que, além da possibilidade de a Petrobras estar subsidiando, o Gás Natural para a Gemini, existe também a possibilidade de a Gemini estar subsidiando o GNL para determinados clientes (indústrias grandes consumidoras, para funcionar como clientes-âncora) com o objetivo de inviabilizar a chegada do gás canalizado em certas regiões.

Diante do cenário acima descrito, especialistas no assunto dão uma sugestão profilática: exigir que na Nota Fiscal tirada pela Gemini seja discriminado o valor do frete. A propósito, tal medida já foi imposta pelo Cade à própria White Martins para evitar manipulação de preços do Gás Carbônico, logo que a mesma assumiu os serviços da Liquid Carbonic.

A nota do Cade

Eis a nota divulgada pela Assessoria de Comunicação do Cade:

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade adotou medida preventiva no Processo Administrativo 08012.011881/2007-41 para determinar cautelarmente a cessação de possível tratamento discriminatório no fornecimento de gás pela Petrobras ao Consórcio Gemini. A decisão foi publicada Diário Oficial da União desta sexta-feira (24/04).

O Consórcio Gemini é formado pela Petrobras, White Martins Gases Industriais Ltda. e GNL Gemini Comercialização e Logística de Gás Ltda. – GásLocal, e tem como objetivo a liquefação e distribuição de gás natural a granel em estado liquefeito (GNL). No âmbito do consórcio, a Petrobrás fornece gás natural, enquanto a White Martins liquefaz esse gás e a GásLocal realiza a sua comercialização e distribuição.

O pedido de medida preventiva foi formulado pela Comgás. A empresa é uma das distribuidoras de gás canalizado no estado de São Paulo e alegou que não estaria conseguindo expandir sua rede de dutos para municípios paulistas, como os de Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Mococa e Rio das Pedras, porque os grandes clientes dessas localidades já receberiam gás da GásLocal a preços supostamente formados com base em vantagens anticompetitivas ilícitas obtidas pela empresa.

Segundo a Comgás, isso é possível pelo fato da Petrobras fornecer gás natural ao consórcio – e por consequência à GásLocal – a um preço muito mais baixo daquele entregue à Comgás. Segundo a representante, o Consórcio Gemini praticaria uma espécie de subsídio cruzado, pelo qual o fornecimento de insumo à GásLocal, a baixos custos, seria sustentado por meio do fornecimento discriminatório à Comgás e a outras concessionárias.

Além disso, o contrato de fornecimento à Comgás e a outras concessionárias teria uma série de desvantagens em relação ao contrato da GásLocal, tais como remuneração obrigatória mínima (take-or-pay e ship-or-pay), condições de reajuste mais severas e menos previsíveis, diferenças na moeda de precificação, prazo de duração e volume contratado menos flexíveis. Como resultado dessa alegada estratégia discriminatória, a Comgás deixa de ser capaz de investir e fornecer gás canalizado e de menor custo para residências e empresas de municípios ainda não atendidos.

A urgência na adoção da medida preventiva para cessação da alegada prática se dá em razão do atual processo quinquenal de revisão tarifária do gás canalizado no estado de São Paulo, por parte da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – Arsesp. É neste período que os investimentos e expansões das concessionárias de gás canalizado para os próximos cinco anos devem ser planejados, por determinação regulatória.

O objetivo da medida preventiva é evitar que a potencial discriminação verificada no fornecimento de gás a favor da GásLocal e em detrimento da Comgás impossibilite a inclusão de determinados investimentos pela Comgás no processo de revisão tarifária em andamento. Isso poderia prejudicar milhares de consumidores residenciais, comerciais e industriais no caso da não inclusão de determinados municípios no próximo ciclo de investimentos da Comgás.  
 
Após consultas ao mercado e pareceres preliminares do Departamento de Estudos Econômicos do Cade, a Superintendência considerou plausíveis as alegações de discriminação, de fechamento dos mercados municipais e de urgência decorrente da revisão tarifária iminente. A Arsesp manifestou concordância com o pedido de medida preventiva, após apresentar parecer sobre a denúncia, em que corrobora a tese de discriminação.

Diante das evidências, a Superintendência-Geral deferiu parcialmente o pedido de medida preventiva formulado pela Comgás, pela qual fica determinada, no prazo de 60 dias, a celebração de contrato isonômico de fornecimento de gás natural da Petrobras no âmbito do Consórcio Gemini, nas mesmas condições de contratos de fornecimento firmados com a Comgás e outras concessionárias, bem como medidas de monitoramento. As determinações deverão ser seguidas até a decisão final do Cade no processo.

Cabe recurso da decisão de medida preventiva ao Plenário do Cade, no prazo de cinco dias.

O processo administrativo continuará em trâmite na Superintendência-Geral até a emissão de relatório final, que poderá concluir pela configuração da infração ou pelo arquivamento do caso. Em seguida, o processo será remetido ao Tribunal do Cade para decisão final.

Pressão de Panelaço nela


Sugestão oportuna do nosso leitor Wilton Vieira:

"Se alguém já sugeriu, não vi. Que tal usar o teu poderoso "www.ALERTA TOTAL.net" para sugerir aos leitores, e também aos líderes dos movimentos contra a quadrilha encastelada no poder, para enquanto durar o chamado HORÁRIO POLÍTICO DO PT milhões de panelas
sejam batidas em todo o Brasil??? - 11/05/2015 - 20h 30min".

TRAMONTINA & ROCHEDO vão gostar muito... Melhora o faturamento em tempos de crise e panela vazia...

Dado não é roubado


Unidos contra Cunha

Filho de Lula mora em apartamento de R$ 6 milhões

Por Reinaldo Azevedo


Eduardo Bolsonaro Denuncia plano Nefasto do PT



Dep. Fed. Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) discursa em sessão solene do aniversário de Brasília na Câmara dos Deputados, 17/04/15, relembra governo Agnelo Queiroz (PT-DF) e escancara intenções do PT em:- Cassar ministros do STF que condenaram mensaleiros;- Construir um governo com base na CUT e MST;- CASSAR O DEPUTADO JAIR BOLSONARO.Tudo expresso no Site oficial do PT

ATRAINDO POLÊMICA: MARIA DO ROSÁRIO

Por Leonardo Faccioni
 
Zero Hora, o principal jornal do sul do país, indagou em reportagem dominical o porquê de a deputada gaúcha Maria do Rosário Nunes (PT), notória flor de candura, “atrair tantas polêmicas” nas redes sociais. Diversas entrevistas rechearam a matéria, todas à guisa de canonizar seu objeto, com tintas dignas de mocinha de romance romântico.

Tais genuflexões à esquerda, vez ou outra mais chamativas — como no caso — e, de outro modo, quotidianas, sempre cativaram minha atenção. Fazem-no, primeiramente, pela linguagem. A parcialidade entrega-se logo de cara. Vale anotar que não vejo mal algum na parcialidade em si — a bem dizer, jornalismo imparcial é expressão beirante ao oximoro. Tanto assim que, nas grandes capitais do mundo democrático, jornais impressos de linha editorial “conservadora” e “progressista” rotineiramente se confrontam pela preferência do público, sem esconder a distinção de valores entre um e outro. No Brasil, o “monopólio de fato” (ou, em São Paulo, o “cartel”, digamos assim) contribuiu à hegemonia petistóide sobre a imprensa. Mas deixemos a digressão para depois.

Quando essa espécie de mídia obriga-se a apresentar uma personalidade liberal ou conservadora que, à revelia sua (da mídia), fez-se notória entre o público, o primeiro adjetivo que lhe aplicam vem embalado na seguinte fórmula: “Fulano de Tal é polêmico”, ou “sustenta opiniões polêmicas”, de modo que a polêmica lhe é intrínseca. Serve como alerta ao público para manter distância do problema. Rosário, todavia, “atrai polêmicas”. Eis um convite para que alguém a defenda: a coitadinha não o escolheu, é uma vítima das circunstâncias. Como o sujeito que andava pela rua e, “pimba!”, atrai um raio em dia ensolarado. “Polêmicos são os outros, os que a perseguem, não ela”. A linguagem, dizíamos, os revela.

Se a embalagem é reveladora, o conteúdo mistifica. Não façamos como eles, pois. Sejamos sintéticos. Por que será que Maria do Rosário, vá lá, “atrai polêmicas”? Conheço tipos como Rosário desde que me entendo por gente (sim, acompanho política e atento aos petistas desde então). Sempre disseram aquilo que bem entenderam, sob a simpatia de todos os tradicionais “formadores de opinião”, passando-se por pontífices incontestáveis inclusive nas maiores barbaridades. Detinham o monopólio da agressão, da afronta, do achaque, do ataque, mesmo da ofensa — e o exerciam com gosto. “Polemizavam” em monólogos furiosos contra tudo e todos — e nada, nem ninguém, atrevia-se a “polemizar” com eles. Rosário já estava lá.

Foi a dinamização das redes sociais a possibilitar que o brasileiro médio respondesse às Rosários de muitos nomes, e a ação educadora de personalidades como Olavo de Carvalho (com bibliografia e cultura fartas, outrora inacessíveis em Terra Brasilis, país até então submetido a verdadeiro bloqueio editorial) a lhe permitir discernir as raízes profundas de comportamentos verdadeiramente alucinados como os da parlamentar, que veementemente [so]nega a realidade em favor da ideologia — algo que, de outro modo, chocava a população ao ponto de torná-la atônita, balbuciante apenas, e que hoje, e somente hoje, as pessoas comuns descobrem palavras aptas a verbalizar.

Rosário “atrai polêmicas” porque, na companhia de seus partidários, dedicou a vida a procedimentos calculados com o estrito fito de destruir a sociedade e assaltar o patrimônio moral de cada cidadão. Não se trata, aqui, de um libelo contra sua pessoa: é precisamente essa a estratégia preconizada por Marcuse, autor caríssimo à “new left” e, pois, ao partido governante. Seus passos envolvem o fomento ao crime, a promoção intransigente e sistemática de elementos disruptores da paz social, a despersonalização do criminoso — especialmente o mais violento —, que deixa de ser indivíduo responsável por seus atos para se converter em “vítima do sistema”. Um sistema, pois, que se há de sabotar.

Rosário e o PT desejam ardentemente o caos e a falência da legalidade, crentes de, com seu advento, poderem reconstruir, sobre a ruína da “sociedade burguesa”, sua própria e particular utopia. Assim está escrito, não por seus críticos, senão por seus inspiradores — e é ela própria, e bem assim os documentos internos de partidos como o seu, a reconhecerem-no.

Rosário “atrai polêmicas” porque aqueles a quem ela tenciona destruir, vejam só!, após cinquenta anos encontraram, pela primeira vez, armas — retóricas — com as quais se defender. E defendem-se como podem: ela os bombardeia com os canhões dos jornalões; o orçamento de quarenta ministérios; projetos de lei no parlamento; ativismo judicial o mais fraterno; o apoio de toda a base alugada; a cumplicidade da academia sitiada, onde o debate há muito morreu. Os brasileiros respondem com as pistolinhas d'água de comentários em redes sociais. E, ainda assim, a valente parlamentar, com suas “décadas de luta”, corre em afetação histérica a cada gotinha de H2O que respinga em suas madeixas guerreiras.

Ao contrário do que infere o jornal, o público pensante não responde a Rosário, nem a satiriza, por uma “compreensão insuficiente de sua luta por direitos humanos”. Enquanto não a compreendiam, estavam calados. Compreendem-na agora, e otimamente. Por isso resistem.

Muitos dos novos debatedores são leitores inveterados, autodidatas, conhecedores do “status quaestionis” a nível internacional e confiantes na busca da verdade — julgada existente e cognoscível. Foram estes a primeiro diagnosticarem, na parlamentar e alhures, a ilogicidade deliberada do discurso que, em nome dos “direitos” [deturpados], mina cada fundamento da sociedade que os tornou possíveis [onde legítimos]. Matérias como a de ZH são autorreferenciais precisamente por isso: caso franqueassem espaço equânime a quem realmente polemiza com Maria do Rosário, todo o argumento vitimista sairia fragilizado, mocinhos e vilões embaralhados, e o público, apto a formar, por si, sua opinião a respeito. Um disparate. Não foi para isso que, de partida, encomendou-se a reportagem.


Publicado no site de Percival Puggina

segunda-feira, 27 de abril de 2015

No mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório, revelações do empreiteiro amigo empurram Lula para o pântano do Petrolão


images|cms-image-000409267Neste sábado, os leitores de VEJA souberam que o empreiteiro Léo Pinheiro, transferido da presidência da OAS para uma cadeia em Curitiba, fez revelações suficientes para tirar de vez o sono de Lula e estender por prazo indeterminado o sumiço do palanque ambulante. Como ainda não se decidiu por um acordo de delação premiada, o empresário encarcerado pode até, para socorrer o chefe e amigo, desmentir-se em outro depoimento. Mas tal opção é de alto risco: a demonstração de fidelidade lhe custará alguns anos de prisão em regime fechado.

Seja qual for o caminho escolhido, o que Pinheiro já disse (e detalhou em copiosas anotações manuscritas) basta para incorporar ao elenco do Petrolão o protagonista que faltava. No mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório, as relações promíscuas entre o manda-chuva da OAS e o reizinho do Brasil serão escancaradas nas oito páginas da reportagem de capa. Entre tantas histórias muito mal contadas, a dupla esbanja afinação especialmente em três, valorizadas pela participação de coadjuvantes que valorizam qualquer peça político-policial.

Num episódio, o ex-presidente induz Pinheiro a presenteá-lo com a reforma do sítio que, embora Lula o chame de seu, pertence oficialmente a um sócio do filho Lulinha. Noutro, um emissário do pedinte vocacional incumbe o empreiteiro de arranjar serviço e dinheiro para o marido de Rosemary Noronha, a ex-segunda-dama que ameaçava vingar-se do abandono com a abertura de uma assustadora caixa-preta. Mais além, o comandante da OAS cuida de desmatar o atalho que levou Lula a virar dono de um triplex no Guarujá.

A participação do ex-presidente no naufrágio da Petrobras ainda não entrou na mira da Polícia Federal. O inventor do Brasil Maravilha está a um passo do pântano sem que tenha começado a devassa das catacumbas malcheirosas que escondem a farra das refinarias inúteis e a montagem da diretoria infestada de ineptos e corruptos, fora o resto. Pode estar aí a explicação para o estranho vídeo em que celebra as vantagens de um bom preparo físico. Vai precisar disso quando tiver de sair em desabalada carreira.

Será a volta para a PAPUDA???
"Empreiteiras não comprovam natureza do serviço prestado por José Dirceu"


Polícia Federal deve ouvir ex-ministro sobre contratos

Empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato informaram à Polícia Federal que não possuem nenhuma prestação de contas dos serviços de consultoria da empresa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Não há relatórios, fotos de palestras, atas de reuniões, resumo de negócios que foram aprovados graças à intermediação da JD Assessoria e Consultoria. A suspeita dos investigadores é de que as consultorias foram usadas, ao menos em parte, para mascarar pagamentos de propinas de contratos superfaturados com a Petrobras.

Um dos procuradores da força-tarefa da operação, Carlos Fernando Lima, disse ao Correio que é improvável que essas consultorias sejam reais, mesmo para abrir portas, como alegou Gérson Almada, executivo da Engevix. Ele quer tomar o depoimento do presidente da holding Camargo Corrêa, Vítor Hallack, para esclarecer o trabalho prestado à empreiteira. A PF estuda ouvir o próprio Dirceu sobre a inexistência de prestação de contas de seus serviços. As próprias empreiteiras, depois de procuradas por vários dias pelo Correio, negaram qualquer informação sobre o resultado efetivo dessas consultorias.

A assessoria de Dirceu nega irregularidades. “A relação comercial da JD com as construtoras investigadas não tem qualquer vínculo com os contratos das empreiteiras com a Petrobras”, afirmaram os auxiliares do ex-ministro ao jornal. “As construtoras investigadas também se manifestaram publicamente e em depoimento à Justiça, confirmando que a JD foi contratada e trabalhou na prestação de serviços no exterior.” Dirceu se ofereceu para prestar esclarecimentos à polícia e afirmou que sua empresa encerrou as atividades.

Em 17 de março, Almada disse à 13ª Vara Federa de Curitiba que fez pagamentos ao operador Milton Pascowitch, que trabalhava para o estaleiro ERG, vinculado à empreiteira. Os recursos eram para atender ao PT. A PF suspeita que Pascowitch pagava propinas no esquema de corrupção da Petrobras. “O Milton veio falar: ‘Olha, Gérson, acho que você precisa manter um relacionamento com o partido, você precisa manter um relacionamento com um partido, você precisa manter um relacionamento com o cliente e eu me proponho a fazer isso”, declarou o executivo, preso desde novembro do ano passado.
Almada disse que Pascowitch, cuja empresa pagou R$ 1,4 milhão à JD Consultoria, indicou os serviços do ex-ministro à Engevix. O executivo atestou que Dirceu prestou serviço no exterior e era um “brilhante open door”, ou “abridor de portas” em “vendas em toda a América Latina, Cuba e África”, locais onde o ex-ministro “tinha um capital humano de relacionamento muito forte”.

Mais uma do "Anão Diplomático":
Indonésia notifica brasileiro sobre execução por tráfico de drogas

O brasileiro Rodrigo Gularte escoltado por policiais e apresentado à imprensa no escritório da Alfândega, perto do principal aeroporto de Jacarta, na Indonésia. Rodrigo foi preso tentando tentando contrabandear cocaína escondida em pranchas de surf - 05/08/2004
O brasileiro Rodrigo Gularte escoltado por policiais e apresentado à imprensa no escritório da Alfândega, perto do principal aeroporto de Jacarta, na Indonésia. Rodrigo foi preso tentando tentando contrabandear  cocaína escondida em pranchas de surf - 05/08/2004 (Dita Alangkara/AP)
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O brasileiro Rodrigo Gularte, condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, foi oficialmente notificado neste sábado de sua execução, informou a assessoria de imprensa do Itamaraty.

A notificação ocorreu na presença do encarregado de negócios do Brasil na Indonésia, Leonardo Monteiro, que exerce as funções de embaixador.

Segundo o Itamaraty, pelas leis da Indonésia, após a notificação há um prazo mínimo de 72 horas para a execução. No entanto, não há confirmação sobre a data precisa.


O Itamaraty informou que nas últimas semanas está promovendo "gestões do mais alto nível" junto ao governo da Indonésia para tentar reverter a pena em caráter humanitário, uma vez que a pena de morte não está prevista na legislação brasileira e levando em conta o estado de saúde do brasileiro, que sofre de esquizofrenia, segundo o Itamaraty.

AÉCIO retoma as denúncias de corrupção:
“E os Correios?”

 Por Aécio Neves

aecioDias atrás, a Justiça atendeu ao pedido da Associação dos Profissionais dos Correios e suspendeu o pagamento das contribuições extras de participantes do fundo de pensão Postalis como forma de equacionar o enorme rombo existente, resultado da negligência e da crônica má gestão.

Revisito a matéria porque, com todas as atenções voltadas para os graves desdobramentos do escândalo da Petrobras, outras situações não menos graves vão se diluindo sem conseguir mobilizar o país.

É exatamente o que acontece com a crise dos Correios, outra empresa que se transmudou em uma espécie de resumo das mazelas que ocorrem no país: corrupção, compadrio, ineficiência e uso vergonhoso do Estado em favor de um partido político.

Nos últimos anos, os Correios, assim como outras empresas públicas e seus fundos de pensão, foram ocupados pelo PT. Na campanha eleitoral do ano passado, a estatal foi instrumento de graves irregularidades.

A propaganda da candidata oficial à época foi distribuída sem o devido e necessário controle. A consequência foi que milhões de peças podem ter sido encaminhadas sem o pagamento correspondente. Recentemente, o TCU concluiu que a empresa agiu de forma irregular. Até aqui, pelo que se sabe, ficou por isso mesmo.

Mas não foi só isso. Além de fazer o que não podiam, os Correios não fizeram sua obrigação: deixaram de entregar correspondências eleitorais pagas pelos partidos de oposição. Ação na Justiça denuncia que correspondências de partidos com críticas ao PT simplesmente nunca chegaram aos seus destinatários.

Some-se a isso o escândalo do vídeo gravado durante uma reunião, no qual um deputado petista cumprimenta funcionários da empresa e, sem nenhum pudor, reconhece o uso político dos Correios. Diz ele: “Se hoje nós estamos com 40% [de votos] em Minas Gerais, tem dedo forte dos petistas dos Correios”.

Denúncias como essas foram feitas por funcionários da estatal indignados não só com o prejuízo financeiro, mas com o comprometimento da imagem de uma empresa que até pouco tempo atrás tinha a confiança de todos os brasileiros. A conta é alta: o rombo do Postalis pode ser de R$ 5,6 bilhões.

O que vem ocorrendo no fundo de pensão dos Correios não é diferente do que acontece nos demais fundos, tomados, de uma forma ou de outra, pela doença do aparelhamento e da má gestão, com prejuízos incalculáveis aos trabalhadores e ao país.

O Brasil aguarda e exige que investigações rigorosas alcancem também as autênticas caixas-pretas em que esses fundos se transformaram e que resumem o que há de pior na vida pública brasileira. É hora de cobrar responsabilidades e transparência.




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Aécio Neves é presidente nacional do PSDB. 

Em Abreu e Lima, Petrobras joga no lixo também os direitos trabalhistas


Imagem aérea da refinaria Abreu e Lima, localizada no Porto de SUAPE em Pernambuco
Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco: 
Petrobras 'quarteiriza' obras (Léo Caldas/VEJA)
Impedida de manter contratos com as construtoras da Lava Jato, Petrobras confia obras da refinaria a construtoras locais, que subcontratam terceiros para conduzir o gigante que custou, até agora, 18 bilhões de dólares aos cofres da empresa

A refinaria de Abreu e Lima foi um dos principais dutos de desvio de dinheiro da Petrobras ao longo dos últimos anos. Segundo o balanço que a companhia apresentou nesta semana, a unidade em Pernambuco e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro respondem, juntos, por mais da metade da baixa contábil de 52 bilhões de reais em 2014: um baque de 30 bilhões de reais. E a depreciação não deve parar por aí. Isso porque as obras da refinaria ainda não acabaram. Impedida de contratar as empreiteiras envolvidas na Lava Jato, a estatal teve de confiar a continuidade dos projetos a pequenas construtoras locais, e algumas delas, por sua vez, estão repassando o serviço a terceiros. Enquanto, em Brasília, o governo sofre derrotas por se opor ao projeto de lei que amplia a terceirização, a Petrobras coloca em prática muito mais que isso: há uma 'quarteirização' em curso na refinaria, que deixa funcionários sem qualquer vínculo ou garantia trabalhista - e tudo sob as vistas grossas da estatal.

Como consequência da Operação Lava Jato, que investiga os desmandos e desvios de dinheiro na estatal, 23 empreiteiras que há décadas prestam serviços no setor de óleo e gás foram impedidas de continuar operando nas obras da Petrobras. Entre elas estão as principais empresas que atuam em Abreu e Lima: Engevix, Camargo Corrêa, Odebrecht e Queiroz Galvão. Como 60% do projeto ainda não está concluído, a petroleira se viu obrigada a recorrer a empresas locais para dar sequência aos trabalhos - abrindo mão de licitação ou qualquer outro tipo de avaliação criteriosa. O problema é que as novas subcontratadas também relegam o serviço a terceiros.

Terceirizar é uma prática perfeitamente legítima no meio industrial. O problema é que, em alguns casos, os terceirizados ficam à margem da legislação. Para proteger o trabalhador e dar dinamismo à atividade econômica, é imperativo que se avance na regulação desse tipo de mão de obra. Daí a importância da votação do projeto de lei que regula a terceirização e que, hoje, é alvo de impasse no Congresso. A quarteirização tampouco é crime. Mas é preciso haver transparência e segurança jurídica nas relações entre a empresa que contrata os serviços e a que, de fato, os executa, para que os trabalhadores não fiquem desprotegidos. No caso da Petrobras, as informações que chegam de Abreu e Lima mostram que a quarteirização não é uma prerrogativa dos contratos firmados pela estatal - desta forma, a petroleira não dá qualquer indício de que se responsabilizará por eventuais problemas com os quarteirizados.

Crachá de operário da refinaria Abreu e Lima
Crachá de operário da Oliveira Construções, que trabalha 
na refinaria Abreu e Lima (Sintepav-PE/Divulgação)
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem de Pernambuco (Sintepav-PE) foi o primeiro a denunciar a situação em Abreu e Lima. Na quarta-feira, representantes da entidade estiveram na refinaria e constataram a presença de dezenas de funcionários trabalhando sem qualquer vínculo com as construtoras determinadas pela Petrobras para conduzir as obras. "A Petrobras está quarteirizando mão de obra. Eles burlam as regras dando um crachá provisório de quinze dias aos funcionários, eximindo-se de qualquer responsabilidade", diz Leodelson Bastos, dirigente do sindicato.

Na fiscalização, foi constatado que a estatal confiou a construção de Abreu e Lima a firmas que 'alugam' empregados de outras empresas - e, como não são vinculados, não recebem direitos como o adicional de periculosidade, exigido no âmbito da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) devido ao alto risco de acidentes. "O único critério levado em conta pela Petrobras na escolha das empresas é que elas não sejam citadas na Lava Jato", diz Regério Rocha, que também representa o Sintepav.

Um dos casos citados pelo sindicato é o da Oliveira Construções, que terceirizou o trabalho na Petrobras para outra empresa chamada AD Construções. Procuradas, as empresas não responderam o pedido de entrevista. A AD se limitou a dizer que não tem contrato com a Petrobras. A Jole Construções, que é uma das principais novas contratadas, disse que não forneceria informações sobre sua operação em Abreu e Lima.

Em nota, a Petrobras afirmou que, diante da rescisão de contratos com firmas envolvidas na obra da refinaria, "houve a necessidade de contratação de empresas para atividades específicas, a fim de garantir a execução de trabalhos essenciais". Segundo a estatal, há permissão para subcontratação "em atividades específicas" e "apenas em casos previstos e estabelecidos em contrato".

Judicialização - Os problemas trabalhistas em Abreu e Lima se intensificaram mesmo antes da proibição dos contratos com as empreiteiras da Lava Jato. Temendo as investigações, a então diretoria da estatal, presidida por Graça Foster, congelou os pagamentos a fornecedores, dando origem não só à quebradeira de empresas, como também uma espiral de ações judiciais. Apenas em Ipojuca, município onde se localiza a refinaria, são 512 processos protocolados. A Alumini (ex-Alusa) é uma das empresas envolvidas que conseguiu na Justiça que a Petrobras assumisse todos os compromissos salariais de seus funcionários. Alguns chegaram a ficar mais de 4 meses sem receber. Segundo a procuradora do Ministério Público do Trabalho de Pernambuco, Débora Tito, os pagamentos já estão sendo feitos pela estatal. "A situação está mais controlada do que no ano passado", afirma.

Contudo, segundo o ex-funcionário da Alumini na refinaria, Alexandre Pereira da Silva, de 43 anos, em sua conta bancária não há sinal de pagamentos desde outubro de 2014. "A Alumini não fala nada, até trocou de nome. Eles nos disseram que não têm previsão nenhuma de pagamento. Eles me devem 42.000 reais em salários atrasados e multas rescisórias. Há 5.000 funcionários nessa situação", afirmou. Com o nome sujo desde a demissão, ele disse estar vivendo de "bicos" para sobreviver. "Estou fazendo uma grade aqui, um portão ali, pintando e tentando achar outros lugares onde haja obras. Enquanto isso, eu espero que as autoridades competentes reajam", disse. A Alumini entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro deste ano, cobrando da Petrobras uma dívida de mais de 1,5 bilhão de reais referente a Abreu e Lima.

A Camargo Corrêa, umas das principais operadoras da refinaria, se prepara para abandonar a obra, já que seu contrato vence este mês e, devido à proibição, não poderá renová-lo. Guilherme Noleto, que trabalha como assistente técnico da obra, estima que 2 mil funcionários sejam demitidos com o fim do contrato e, segundo ele, todos temem não receber seus direitos trabalhistas. "Chegamos todos os dias na refinaria com medo. O que temos a ver com a Operação Lava Jato?", diz.

Marcada por uma série de atrasos, Abreu e Lima custou sete vezes mais do que o previsto em seu projeto original. Os 2,4 bilhões de dólares orçados inicialmente se transformaram em 18,5 bilhões de dólares calculados em 2014, levando-a ao primeiro lugar entre as obras em curso mais caras do país. O Tribunal de Contas da União estima que a construção da refinaria tenha sido superfaturada em, pelo menos, 360 milhões de reais. A área da companhia responsável por sua execução era justamente a de Abastecimento, então comandada por Paulo Roberto Costa. Nesta semana, o ex-diretor foi condenado a sete anos de prisão por desvios de dinheiro público na refinaria.

A Petrobras informou, em seu balanço, que os atrasos de cronograma foram os principais fatores de avaliação na depreciação do valor de Abreu e Lima. Isso porque a refinaria deveria ser entregue em 2011. O novo prazo é agosto deste ano. Porém, diante do circuito de amadorismo que permeia a obra, há uma grande desconfiança de que o projeto não seja concluído dentro do previsto. Isso significa que, se a Petrobras mantiver a política de depreciação de ativos em razão de atrasos, acionistas podem esperar que Abreu e Lima perca ainda mais valor - e custe mais recursos ao combalido caixa da estatal.